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O que esperar dos smartphones flexíveis?

O mercado de dispositivos móveis passa, no momento, por sua maior revolução desde que os celulares se tornaram smartphones com o armazenamento de dezenas de apps que se tornaram indispensáveis para os usuários. Agora, a grande novidade são os aparelhos com estruturas flexíveis, que há alguns anos são apontadas como a principal inovação para os dispositivos e que a partir deste ano começa a chegar aos consumidores.

Não por acaso, o smartphone flexível foi o grande assunto da edição deste ano da maior feira de tecnologia do mundo, a Consumer Eletronics Show (CES), em Las Vegas, onde os fabricantes falaram de seus projetos pioneiros com a tecnologia. À frente desta tendência, companhias como Samsung, LG, Huawei e Xiaomi mostraram seus projetos, mas quem roubou a cena durante o evento foi a desconhecida Royole. A companhia chinesa havia surpreendido o mercado, em outubro do ano passado, ao ser a primeira empresa a lançar oficialmente um celular com tela dobrável. Na CES, ao menos, a fabricante atraiu os holofotes mas dificilmente fará frente aos produtos lançados pela concorrência.

A Samsung, cujo produto é o mais esperado do mercado, lançaria seu modelo dobrável em abril, mas declarou que passa por problemas de desenvolvimento e deve colocar a novidade à venda somente no último trimestre do ano.

Sua grande rival, a Apple, parece não estar interessada nesta inovação, ao menos neste momento, apesar de já ter uma patente para um aparelho que dobra para os dois lados.

Quem está nessa briga são mesmo as fabricantes chinesas, puxadas pela Huawei e Xiaomi, assim como a coreana LG, também estão próximas de apresentar seus modelos e a expectativa é que coloquem no mercado até o final deste ano. Com a declaração de guerra do governo americano, o rompimento formal do Google e a consequente suspensão do uso das versões atualizadas do Android pela Huawei, fica no ar se a companhia, de fato, vai conseguir lançar o primeiro smartphone flexível 5G ainda em 2019.

Brigas à parte, fica a pergunta: será que a funcionalidade desses novos celulares corresponderá a todo o alarde em relação a essa nova tecnologia?

“Estas telas, em conjunto com uma ótima conexão de internet, criam um novo momento para o consumidor, trazendo mais possibilidades para o uso de telas com melhores experiências de vídeos, games e business, assim como outras atividades remotas que necessitavam de maior espaço para manuseio”. [autor]Henrique Bosco, gerente de divisão de Marketing de Smartphone da Vivo.[/autor]

Para o executivo da operadora, os celulares dobráveis vieram para completar uma sequência de melhoras que a indústria vem entregando para os consumidores, como as baterias mais duradouras, telas com melhor definição, câmeras com funções diversas e o arrojo nos sistemas operacionais e desempenho dos aparelhos.

Preço inflexível

Alguns pontos, entretanto, ainda devem deixar os celulares flexíveis longe da grande maioria dos consumidores. O principal deles é o preço. O modelo mais simples do FlexPai, da Royole, por exemplo, chegará às prateleiras no Brasil custando mais de R$ 5 mil. Entre os fatores para o alto valor estão a maior complexidade e design para se fabricar algo totalmente novo no mercado, e também pela necessidade de entregar um produto resistente com essa nova tecnologia. Segundo a Royole, seu modelo suporta até 200.000 dobras no manuseio pelos consumidores, e que investirá cerca de US$ 30 milhões em novos dispositivos para incrementar o aparelho.

Essa inovação deve fascinar os amantes de tecnologia e incrementar os negócios de algumas indústrias. Entre elas, segundo o executivo da Vivo, estão a de games e as que atuam com conteúdos em vídeos. Mas assim como outras inovações, não será de imediato que os consumidores poderão usufruir de todos os benefícios dos celulares flexíveis.

“Estes produtos apresentam um grande potencial para o melhor uso e experiência, principalmente nas redes 4G+. Porém não será, pelo menos a curto prazo, um produto que o consumidor sentirá obrigatoriedade de possuir, assim como o próprio smartphone teve um período de amadurecimento pelo consumo da população”, explica ao Experience Club Henrique Bosco, da Vivo.  

O que vem por aí

ROYOLE

Modelo: FlexPai

Lançamento: Outubro de 2018.

Principais características: O primeiro celular flexível a chegar ao mercado tem 7.8 polegadas quando aberto, e quando fechado conta com três telas menores. Com processador Snapdragon 8150, tem duas câmeras de 16 mp e 20 mp (frontal e traseira), 8 GB de RAM e até 256 GB de armazenamento.

Avaliações: Produto é muito pesado (320 gramas) e espesso, por isso não é tão prático quanto um smartphone comum. Também apresentou alguns problemas com o sistema operacional Android 9.0 e não oferece a mesma qualidade de fotos dos aparelhos top de linha.

SAMSUNG

Modelo: Galaxy Fold.

Lançamento: Previsto inicialmente para abril, foi adiado para último trimestre de 2019 nos EUA.

Principais características: Dobrável ao meio, tem tela de 7.3 polegadas e câmeras de 12 mp + 12 mp + 16 mp (traseira) e 10 mp + 8 mp + 10 mp para fotos de selfie. São 12 GB de RAM, memória interna de 512 GB, e processador Qualcomm Snapdragon 855 (SDM855).

HUAWEI

Modelo: Mate X.

Lançamento: Previsto para o 2º semestre deste ano, não houve nenhuma mudanças anunciada após a crise que a companhia enfrenta com o governo americano.

Principais características: Com tela dupla OLED de 6.6 polegadas, o aparelho vira um tablet com display de 8 polegadas quando aberto. É mais fino que que o Fold, da Samsung (11mm quando fechado contra 17mm do concorrente), e conta com câmera de 40 mp + 16 mp + 8 mp. São 8 GB de RAM, memória interna de 512 GB, e processador Huawei HiSilicon Kirin 980.

XIAOMI

Modelo: Mi Dual Flex e Mi Mix Flex

Lançamento: Previsto para o 2º semestre deste ano

Principais características: A expectativa é que o aparelho tenha um design diferente dos concorrentes com duas dobras nas laterais. Com processador Snapdragon 855 e 10 GB de memória RAM, o smartphone da fabricante chinesa deve ser mais fino que o das concorrentes e com tela de 6 polegadas.

Texto: Fábio Vieira

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