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Menos o digital e mais a digital

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Foco, resiliência e disciplina

Por Aziz Camali Constantino

Não é só no Google que o tema alta performance superou a audiência engajada no propósito. Fora da filantropia, posts do Fabio Alperowitch, que humanizam o olhar do conservador mercado financeiro, e empresas que fomentam a relevância do Sistema B, ainda tornam-se eco em um segmento cada vez mais empacotado no tal do impacto. Até existe relevância em canais independentes, como o repertório único construído pelo meu podcast desNegócio, mas na conjuntura de instabilidade que ativa o gatilho do medo, ficar na interação limítrofe dos Likes não fortalece nossa capacidade de real.liz.ação.

Para organizações que racionalizaram e agiram, a transformação digital foi a resposta para a sobrevivência nos últimos anos. Infelizmente para mais de 1,4 milhão de empresas fechadas em 2021 e 5 milhões de pequenas empresas endividadas em 2022, que estão correndo atrás da fatura com juros altos, só resta o desgaste de noites mal dormidas que ativam diretamente o congelamento do sentir. Sentir não é só um sentimento. Pra mim é a principal ferramenta para aflorar a sua criatividade e a capacidade de inovar em momentos de crise. Design também é sobre feelings.

Daí eu te pergunto: como seu corpo reage a esse tipo de informação?

Dados de pesquisas não sensibilizam mais ao ponto de promover microrrevoluções imediatas. A psicopatia (ausência/congelamento do sentir) também é estimulada com medicações que prometem esse “equilíbrio”. Só que acabamos muitas vezes esquecendo que esses controles também tiram nosso prazer e vitalidade.

Sem exagero, vai Aziz…

A camada social em que a gente vive abafa o que realmente está acontecendo, tirando a oportunidade de explorar esse caos como campo de ebulição de inovações radicais. Não somos salvadores da pátria. Mas na real, isso tem tudo a ver com você e seu negócio. Se por acaso você não sentiu ainda isso na pele é porque o ambiente de trabalho de fato se tornou um ecossistema blindado ou a negação socioambiental do seu inconsciente para simplesmente te proteger desse ruído que está na esquina onde você mora ou no acordar de um entregador de aplicativo que trabalha para pagar os juros da fintech que vai bem nos resultados explorando a falta de crédito dessa galera.

Bora resgatar o calor e a originalidade do que temos na mão como potencial além de faturar?

Qual o papel da sua marca?

Qual a real proposta de valor percebida pelas pessoas à sua volta?

Quais valores sustentam o que você acredita?

Como podemos deixar de valorizar o toque, o abraço, o olho no olho? Não podemos deixar as conversas morrerem e não sou só eu que estou sentindo a falta disso.

Tô falando de resgatar a humanidade no centro.

Precisamos resgatar A DIGITAL como DNA e vocação das marcas, que são na maioria das vezes nossos sobrenomes mais usados. Reconstruir a proposta de valor real que possa nos diferenciar como pessoas que se propõem a entregar relevância por meio dos nossos negócios.

A DIGITAL é também a negação do feminino, que vai muito além da mudança de um artigo. Também é reflexo de uma liderança como medo que se torna cada vez mais conservadora, fechada e antifrágil.

A próxima revolução virá de dentro pra fora. É momento de resgatar o DNA como posicionamento e trazer um calor necessário que encanta muito mais do que a planilha. A DZN já internalizou essa demanda e vem contribuindo para acelerar esse movimento. Marcas se oxigenando e se reinventando podem se tornar cada vez mais relevantes e inspiradoras, para pessoas que vão muito além de consumidoras em um CRM.

É preciso saber que desbravar a complexidade com soluções simples não é o melhor caminho para quem busca legado. É preciso CORAGEM para ser antes de falar.

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