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A importância de um plano de sucessão bem feito

Ricardo Natale

O mundo assistiu, na semana passada, à morte da Rainha Elizabeth II e à sucessão do trono britânico para o seu filho, o agora Rei Charles III. A rainha morreu com 96 anos e comandou o trono britânico por 70 anos, período recorde para a monarquia britânica e tempo suficiente para preparar o seu sucessor.

Ao contrário da rainha, que entrou para a linha sucessória da Coroa Britânica com a abdicação do tio, quando ela tinha dez anos, e teve que assumir o trono aos 25, com a morte prematura do pai, Charles nasceu já sabendo que seria rei um dia.

A educação do príncipe, assim como de seus filhos, incluiu não apenas as disciplinas ensinadas nas boas escolas de elite, mas também o preparou para assumir um dia os negócios da família.

Sim, negócios. Não à toa, a família real é chamada de The Firm no Reino Unido, batizada desta forma pelo pai da rainha Elizabeth II. A “empresa” comandada pelo monarca inclui a administração de um patrimônio imobiliário gigantesco, milhares de funcionários, a gestão da marca Coroa Britânica, que envolve um grande esforço de relações públicas, relacionamento com stakeholders e ainda tem um braço espiritual, já que o rei é o chefe da Igreja Anglicana.

E o que a sucessão na família real britânica pode nos ensinar sobre a sucessão nos nossos negócios?

O primeiro ensinamento é que nunca é cedo demais para começar – e a história das corporações está repleta de exemplos de fundadores que não conseguiram preparar corretamente seus herdeiros.

A revista Business Insider trouxe recentemente um caso interessante. Russ Stephen, fundador da Association of Professional Builders (APB), começou a preparar a filha Sky Stephen para assumir o negócio logo que o montou. Ele disse que queria dar à filha a oportunidade de liderar, gerenciar pessoas e tomar decisões, para que aprendesse com essas experiências.

Russ também criou um plano que vai sendo revisto a cada semestre, ao mesmo tempo em que vai transferindo para a filha fatias cada vez maiores de ações da empresa. Juntos, eles estão desenhando um plano de sucessão consistente e consciente.

Aqui no Experience Club, também estamos dando a nossa contribuição para a preparação das empresas para a sucessão. No dia 21 de outubro, o Experience Club Nordeste vai realizar no Recife o Family Day, um encontro com 250 empresários, CEOs e VPs, com os filhos, para discutir legado e futuro de empresas familiares.

O evento terá patrocínio do UBS Bank e a presença de Luis Alberto Borges, presidente do UBS Consenso Multi Family Office, uma das principais autoridades do assunto no país. Vários especialistas vão falar sobre todos os aspectos envolvendo uma sucessão.

E ela pode ocorrer por vários motivos. Seja pela perda do fundador ou porque este decidiu repassar os negócios aos filhos para garantir mais tempo livre para usufruir o que construiu.

Você já pensou como encaminhar a sucessão na sua empresa?

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