O dia foi de pânico nos mercados de criptomoedas. O bitcoin chegou a cair 16% e o mercado como um todo ficou abaixo de US$ 1 trilhão em capitalização, pela primeira vez desde janeiro de 2021. Em novembro, superava os US$ 3 trilhões.
Em meio ao pânico, a Binance, uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo, chegou a interrompeu os saques de bitcoins por algumas horas. A decisão veio na esteira do colapso da Celsius, empresa de empréstimos de criptomoedas, que interrompeu os saques em sua plataforma alegando “condições extremas de mercado”.
Entre os motivos apontados para a espiral de queda estão a escalada nas taxas básicas de juros nos Estados Unidos, que afetam também o mercado financeiro tradicional e elevaram a aversão ao risco dos investidores.
O FED, equivalente americano ao Banco Central no Brasil, se reúne mais uma vez nesta quarta-feira. Diante da alta da inflação acima do esperado em maio, a expectativa é a de um aumento da taxa de juros acima do que era o mercado previa inicialmente.
Amos Genish e o plano de R$ 30 bi da V.tal
A V.tal, empresa criada a partir da rede de fibra ótica da Oi, agora controlada pelo BTG – a Oi segue como acionista minoritária -, anunciou planos de investimento que somam R$ 30 bilhões, com foco em mini datacenters, internet das coisas (IoT), metaverso e serviços 5G.
A empresa também quer ampliar a rede de fibra ótica, que hoje chega a 16 milhões de residências, para 34 milhões de residências, em um horizonte de quatro anos.
O “aluguel” da rede para outras operadoras e provedores de internet deverá ser uma das principais fontes de receita da V.tal, que atuará como empresa de rede neutra. A expectativa de receita para 2022 é de cerca de R$ 5 bilhões.
Os investimentos serão conduzidos por uma equipe liderada por Amos Genish, que já havia sido indicado pelo BTG para a presidência do conselho de administração e, agora, também para o posto de CEO.
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Anúncios para “inglês ver”
As empresas de streaming que já vendem ou pretendem vender espaço para publicidade têm um problema pela frente. Isso porque, entre 8% e 10% da audiência simplesmente desliga a TV e esquece de interromper a transmissão, que continua com a tela escura.
A descoberta foi feita pela iSpot em estudo encomendado pelo Group M, de compra de mídia. De acordo com o levantamento, os anunciantes vêm sendo cobrados também pelos anúncios não assistidos.
Tanto a Netflix quanto a Disney têm planos de lançar opções de assinatura mais baratas para quem topar assistir comerciais junto com os vídeos. Nos Estados Unidos, a HBO Max já oferece aos clientes essa opção.
De acordo com o eMarketer, existe a perspectiva de que os investimentos em publicidade em serviços de streaming e na programação de smart TVs passe dos atuais US$ 18,9 bilhões para cerca de US$ 39 bilhões, em 2026.
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Curadoria e edição: Dubes Sônego
