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Como a Dasa está reinventando o ecossistema de saúde privada

Se a visão de saúde corporativa da Dasa já estivesse plenamente compreendida, adotada e disseminada pelo Brasil, o usuário do sistema – colaborador de uma empresa e beneficiário de um plano de saúde –privilegiaria a prevenção e predição, teria profissionais para lhe assessorar continuamente em sua jornada de cuidado e só entraria num pronto-socorro numa emergência. 

Com seu consentimento, seu prontuário clínico, com as informações resultantes de suas visitas a ambulatórios, consultórios e laboratórios, estaria atualizado e disponível em todos os pontos de contato com o sistema, de modo a possibilitar um atendimento mais efetivo, evitar exames repetidos e eliminar o desperdício que está no cerne do crescimento exponencial dos custos. 

Empregadores sentiriam no bolso a diferença, para melhor. Operadoras de planos de saúde só teriam vantagens com um freio da inflação médica e, enfim, condições para fidelizar os clientes. 

Nesta entrevista ao Experience Club, o CEO da Dasa, Carlos de Barros, explica como o grupo que lidera atua como um hub de saúde empresarial, com o propósito de transformar a saúde das pessoas, cuidando dela de modo integrado, em formato 360º. 

COORDENAÇÃO DE CUIDADO NO CENTRO DO NEGÓCIO  

Estruturação da informação e coordenação do cuidado serão os mantras dos próximos anos na gestão de serviços de saúde. Trabalhar de forma integrada, contribuindo para reinventar esse ecossistema de saúde privada – hoje com dados fragmentados e espalhados por vários sistemas. 

“Só vamos conseguir coordenar o cuidado se reduzirmos a fragmentação dos dados”, disse Ana Elisa de Siqueira, Sócia Presidente da GSC Integradora de Saúde, a empresa de coordenação de cuidado da Dasa, na live “Saúde Corporativa 360 Graus” (Saiba mais). “Apoiamos as operadoras de saúde, combatendo o desperdício pela falta de integração dos protocolos e das informações do usuário” afirmou Sergio Cafalli, Diretor Executivo da Dasa Empresas. 

A vantagem de um sistema integrado é a capacidade de antecipar necessidades do usuário, para que navegue pelo sistema sem desperdício.  Em bom português, “não fique passando com diferentes profissionais sem ter a solução dos seus problemas”, como diz Ana Elisa. 

De certo modo, a Dasa parece estar liderando esse movimento de transformação. Eventualmente, outras companhias vão entender a lógica do cuidado coordenado, o que deve resultar na reinvenção do setor de saúde corporativa. Carlos de Barros divide o protagonismo com os seus parceiros dos planos de saúde e com as empresas que já aderiram a esse modelo. 

O primeiro elo dessa cadeia consiste em traçar o perfil dos colaboradores de uma empresa do ponto de vista da saúde. A Dasa faz isso de duas formas. Primeiro, com o uso de dados. Por ser a maior empresa de medicina diagnóstica do Brasil e da América Latina, além da segunda maior rede independente de hospitais do Brasil e de ter uma robusta estrutura de coordenação de cuidado, a Dasa tem uma capacidade incomparável de reunir e integrar informações sobre os colaboradores das empresas clientes – que, naturalmente, só podem ser usados com o consentimento desses beneficiários. 

Ao navegar pelo sistema de saúde, os colaboradores de uma companhia que, por exemplo, fazem exames em um laboratório Delboni ou Lavoisier (são mais de 40 marcas no Brasil todo) têm os seus dados médicos registrados. Além disso, podem preencher questionários de saúde. Somados, esses processos permitem uma estratificação dessa população por nível de risco e identificação dos high users do plano de saúde, que precisam receber uma atenção especial. 

“Com isso, conseguimos dar uma visão bem clara, para o RH da empresa e até para o CEO”, afirma Carlos. Esse assessment da saúde da força de trabalho é uma informação que ele próprio, como CEO da Dasa, gosta de acompanhar. 

O DESAFIO DA RETOMADA PÓS-PANDEMIA E A SOLUÇÃO COVID EMPRESARIAL 

Com as empresas planejando e, em alguns casos, já executando a volta ao trabalho presencial – muitas delas adotando um modelo misto, que mantém o home office alguns dias por semana. Para auxiliá-las nesse desafio, a Dasa Empresas criou um produto chamado Solução Covid Empresarial.  

Vale ter em mente que Dasa é o grupo que mais faz exames de coronavírus no Brasil e na América Latina (mais de 2 milhões até aqui), e tem uma rede com alguns dos melhores infectologistas do país. Sabendo disso, clientes pediam ajuda para planejar a volta ao trabalho presencial de uma forma segura. “Quais são as estratégias de monitoramento e de distanciamento social?”, perguntavam. 

“Por conta disso, a Dasa criou um pacote, quase como um serviço de consultoria, que envolve vários elementos e é uma solução modular”, diz Carlos de Barros. 

Há empresas que procuram a Dasa só para desenhar e executar o programa de testagem. Outras companhias incumbem a Dasa de definir a estratégia toda: quando voltar aos escritórios, quais as políticas de distanciamento social, etc. “Nós mesmos tivemos de aplicar isso na Dasa. Nos nossos call centers, nas nossas unidades físicas”, diz Carlos. “Essa expertise, que foi utilizada nas nossas mais de 900 unidades, é que oferecemos às empresas, junto com a testagem, para a retomada.” 

Desde o início de fevereiro de 2020, a Dasa mantém contato com os principais laboratórios da China, onde a pandemia se iniciou. Essa é uma das vantagens de ser representante no Brasil de uma importante rede de laboratórios espalhados pelo mundo.  

“Ser a maior empresa de medicina diagnóstica da América Latina traz responsabilidades. Por isso é que estamos sempre em contato com os cientistas e empresas mais inovadoras do ponto de vista de metodologias de testagem, acompanhando o que acontece no mundo.” 
Carlos de Barros, CEO da Dasa

A VACINA COMO INVESTIMENTO, COM RETORNO EM PRODUTIVIDADE 

Outra área de atuação estratégica para a Dasa Empresas e para seus clientes é a da vacinação de colaboradores e suas famílias. A Dasa tem diferenciais relevantes para programas de imunização, dos quais a capilaridade talvez seja o mais importante. São mais de 900 unidades de atendimento e uma boa parte delas dispõe de serviço de vacinação.  

Outro diferencial é o serviço de aplicação de vacinas em domicílio ou na empresa, o que permite a cobertura não só do colaborador, mas de toda a sua família. Isso cria no profissional uma sensação de cuidado e pertencimento, que ajuda na construção de uma cultura organizacional. 

Além disso, fazer a imunização dos colaboradores na companhia propicia a entrega de dois serviços: a vacina em si e informação de qualidade. Neste momento de fake news, isso é fundamental. Os profissionais da Dasa que vão às empresas são preparados para transmitir informação correta aos colaboradores.  “Vacina faz bem. Vacina protege a minha saúde e a de todas as pessoas que estão ao meu redor”, afirma Gustavo Campana, Diretor Médico da Dasa. “Todas as vacinas hoje aplicadas passaram por pesquisas clínicas e por controles de qualidade.” 

Campana costuma dizer que a única medida que previne mais mortes do que vacina é o uso de cinto de segurança. Então, quando se fala em transformar a saúde das pessoas, a vacina é a melhor estratégia. O aporte de recursos num programa de imunização deve ser visto menos como gasto e sim como investimento, cujo retorno será colhido de diversas formas: saúde, engajamento, produtividade. Basta olhar o índice de absenteísmo ligado a complicações trazidas por doenças que podem ser prevenidas com a aplicação de vacina, e essa percepção ficará clara. 

Este é um período importante, em que as empresas fazem a reserva da vacina contra a gripe para este ano.  “Ela é uma das mais procuradas”, diz Campana. Como os vírus causadores do resfriado comum sofrem mutações ao longo do tempo, a cada ano a Dasa se vale de sua rede internacional de contatos e parceiros para ter o imunizante mais efetivo.  

Há, ainda, muitas outras vacinas tão ou mais relevantes. Um levantamento feito pela Dasa mostra que há imunizantes mais estratégicos para determinados tipos de empresas. Na construção civil ou manutenção pesada, por exemplo, recomenda-se a anti-tetânica. Para companhias nas quais executivos fazem muitas viagens internacionais, a vacina contra febre amarela é altamente indicada. As empresas clientes da Dasa têm acesso a esse mapeamento de riscos para suas populações internas e indicações de imunizações. “Para nós, não é só uma questão transacional, de vender vacinas, mas sim de entender, com uma visão médica, o que podemos entregar ao cliente de modo a beneficiar os seus colaboradores, nota Campana. 

Vacina não é um produto trivial de se manusear. Para garantir a sua eficácia, os imunizantes são armazenados e movidos nas chamadas redes de frios, com câmaras especiais em temperaturas entre dois e oito graus célsius. A expertise logística é o último diferencial, na parte final e decisiva da jornada que determina o sucesso ou fracasso de qualquer campanha de vacinação. 

Texto: Alexandre Teixeira 

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