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Starbucks em momento decisivo

Nos anos 1990, a Starbucks acelerou sua trajetória de sucesso ao se posicionar como um “terceiro local” entre a casa e o trabalho. Além, é claro, da valorização do café, a ideia era criar espaços aconchegantes, propícios para encontros casuais e profissionais e com baristas atenciosos. 

Esse modelo deu certo durante décadas, mas mesmo antes da pandemia o cenário começou a mudar. Em 2019, 80% dos pedidos foram para levar, e não para consumo no restaurante. Bebidas geladas, muito mais adequadas para consumo em trânsito, venderam mais do que as quentes. Em resumo, a chamada “comunidade do café” começou a perder força

Em longa reportagem, a FastCompany mostra que uma das respostas da empresa para esse processo foi investir ainda mais na plataforma Deep Brew. Ele é o “mega-algoritmo” que analisa os dados das milhares de lojas da empresa e serve como o ‘cérebro’ do app do Starbucks. 

O Depp Brew guarda histórico de pedidos, informações de localização e aniversários, entre outros dados. E também tenta influenciar o comportamento dos clientes. Se a loja está cheia, o app estimula o cliente a pagar antes de pedir, ou exibe um cupom para uma bebida mais simples de fazer a fim de evitar pedidos longos e complicados, por exemplo. 

No geral, a estratégia deu certo, e o uso do app do Starbucks cresceu 8% no ano passado. Mas a digitalização trouxe uma consequência: as bebidas ficaram mais complicadas. Com o app, ficou muito mais fácil pedir aquele café com 10 ingredientes que está bombando no TikTok. Bom para os clientes, ruim para os baristas, que têm que se virar para manter o ritmo de 10 pessoas atendidas a cada 30 minutos, padrão histórico da empresa.

As bebidas mais complicadas se tornaram mais um ingrediente na “revolta dos baristas”, que vem atingindo a empresa nos últimos meses nos EUA. Apenas nos últimos sete meses, funcionários de 140 lojas entraram com pedidos para votação de sindicalização, palavra que apavora qualquer CEO ou investidor americano. 

Na semana passada, Kevin Johnson, CEO da empresa, anunciou que vai deixar o cargo após cinco anos à frente da companhia. Howard Schultz, que comandou a empresa em seus tempos de glória, voltará ao cargo interinamente com a missão de manter a relevância da Starbucks em um cenário de revolta de funcionários e mudanças bruscas de comportamento do consumidor. 

A aposta digital da C&A

O momento atual das varejistas brasileiras não é nada fácil. Praticamente todas passam por um período de queda no valor das ações e veem um 2022 pouco animador graças à alta da inflação e das taxas de juros. Um dos nomes mais tradicionais deste segmento, a C&A aposta em tecnologia para superar o momento complicado.

Em entrevista ao NeofeedPaulo Correa, CEO da companhia, falou sobre a estratégia digital da empresa. Uma área que deve ganhar corpo é a C&A Pay, plataforma de produtos financeiros lançada em dezembro do ano passado.

Com um sistema de pagamento mais robusto, a ideia é adicionar mais produtos e consolidar a C&A Pay como uma fintech. Uma possibilidade é, por exemplo, oferecer seguros de proteção contra roubo para os celulares vendidos nas lojas da rede.

Outra frente é explorar de forma mais efetiva os dados de cerca de 20 milhões de pessoas com cadastro no programa de relacionamento da empresa. Atualmente, esses dados já alimentam ferramentas como um algoritmo que leva em conta fatores como demanda e volumes para ajustar, diariamente, os preços das lojas e demais canais da rede.

“Isso nos permite vender mais e com margens melhores. Mas é só um exemplo”, afirma Correa ao Neofeed. “Usamos algoritmos que se baseiam em conversas com clientes para gerar insights ao nosso time de estilistas, seja de uma categoria, de uma cor ou de outras diversas variáveis”, exemplifica.

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Qlub chega ao Brasil

A Qlub – startup que permite o pagamento pelo consumo em restaurantes sem que usuários precisem pedir a conta – desembarcou no Brasil. A chegada segue um aporte de US$ 17 milhões anunciado em janeiro deste ano, informa o Startups.com.br.

Fundada há apenas cinco meses nos Emirados Árabes, a companhia já atua na Arábia Saudita, Austrália, Japão, Índia, Singapura e Turquia e tem planos de expandir para mais 11 países este ano.

O aplicativo da Qlub viabiliza pagamentos ultrarrápidos em restaurantes, cafés e hotéis, com funcionalidades como a divisão da conta. O objetivo da solução é fornecer uma experiência melhor para quem não quer esperar por filas ou pelo garçom.

No Brasil, a Qlub espera estar em cerca de mil estabelecimentos até o fim deste ano. Cofundador da startup, Oscar Bedoya se mudou para São Paulo há dois meses, e vai tocar a expansão para outros países latinos a partir do escritório brasileiro. A startup planeja ter até 50 colaboradores no Brasil até o fim do ano.

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Curadoria e edição: 

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