Algumas semanas atrás comentamos aqui sobre uma ação conjunta dos nomes tradicionais do e-commerce brasileiro contra os ‘novatos chineses’. E dados de um recente relatório do Goldman Sachs confirmam que há motivos para a preocupação dos players tradicionais.
O e-commerce de Cingapura Shopee vem crescendo fortemente no Brasil e, em apenas dois anos, já tem 5% de market share no e-commerce brasileiro. Pode parecer pouco, mas o patamar é bem alto em um segmento extremamente fragmentado. O Goldman Sachs afirma ainda que, até o fim do ano, o Shopee deve ter “provavelmente, um dígito alto”. O estudo aponta que a Shopee deve investir cerca de US$ 1,5 bilhão no Brasil e no mercado latino-americano em 2022.
No início deste mês, a importância do Brasil para a Shopee foi reforçada por Forrest Li, CEO da Sea – conglomerado que controla a empresa. Na ocasião, a Sea divulgou que, entre outubro e dezembro de 2021, a Shopee registrou mais de 140 milhões de pedidos, um crescimento de 400% sobre igual período, um ano antes.
Simetrick recebe aporte Série A
Com forte atuação no Brasil, a fintech colombiana Simetrik anunciou ontem um aporte Série A de US$ 24 milhões. O investimento foi liderado pela Fintech Collective, que também tem participação na brasileira Contabilizei.
Os fundadores da Simetrik, Santiago Gomez e Alejandro Casas, criaram a empresa em 2019 após experiência como consultores do Rappi. A startup funciona como uma ‘organizadora de pagamentos’ e tem uma plataforma robusta de conciliação de contas, usada por empresas como Nubank, RecargaPay e Mercado Pago.
“Tem três ângulos de valor para a empresa: gerenciamento de riscos, porque cada dia que você não processa todos esses documentos você não tem visibilidade do que está acontecendo; resolve um problema operacional, porque a tarefa deixa de ser manual; e do lado de compliance, uma vez que consegue ter números mais precisos da operação”, explicou Casas ao Valor Pipeline.
Com o capital levantado, a Simetrik pretende consolidar a sua posição e ampliar sua atuação no Brasil e já planeja uma série B para o fim do ano.
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Viés de proximidade pode comprometer volta ao trabalho
Com a crescente adoção do trabalho híbrido, uma das maiores preocupações das empresas deve estar no chamado ‘viés de proximidade’,aponta o estudo Future Forum Pulse, realizado pelo Slack com cerca de 10 mil funcionários de grandes empresas em seis países (EUA, França, Japão, Austrália, Alemanha e Reino Unido).
A pesquisa afirma que o debate ‘remoto x presencial’ já acabou e que na maioria das grandes empresas o futuro será híbrido. Com isso, aponta o estudo, há uma “crescente preocupação que o viés de proximidade possa gerar desigualdades entre funcionários que ficam mais tempo em casa e aqueles que vão mais ao escritório, e isso pode reforçar desigualdades históricas de gênero e raça”.
A pesquisa observa que, em cargos de liderança, a preferência pelo trabalho presencial é maior, e as razões para isso não são difíceis de adivinhar. De modo geral, líderes ganham mais, podem gastar mais com babás e outros tipos de auxiliares domésticos, moram mais perto do trabalho, têm carros melhores e espaços de trabalho diferenciados. Na outra ponta estão trabalhadores operacionais que moram longe do trabalho, usam transporte público e têm que acumular responsabilidades domésticas.
Assim, o estudo alerta para o risco de privilégios para funcionários que ficarem mais tempo no presencial e em contato próximo com suas lideranças. “O viés de proximidade é hoje a maior preocupação dos executivos em relação ao trabalho flexível. 41% dos executivos citaram este aspecto, contra 33% na pesquisa do trimestre anterior”, diz o relatório.
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