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Do Vale do Silício para South Beach: em expansão global, Picsart anuncia novo QG em Miami

Plataforma de edição de imagens e vídeos, fundada pelo empreendedor serial Hovhannes Avoyan, recebe aporte de US$ 130 milhões do Softbank e se torna mais um unicórnio em operação no Sul da Flórida

No início de 2021, um dos maiores fundos de venture capital do mundo, o SoftBank Vision Fund, se comprometeu a injetar pelo menos US$ 100 milhões em empresas sediadas ou que se mudassem para Miami. Dez meses depois, o total investido pelo fundo japonês já tinha superado os US$ 250 milhões e ajudado uma promissora startup com alcance global se integrar à cena tech da cidade.

A Picsart, uma plataforma para edição de imagem e vídeos com mais de 100 milhões de usuários ativos mensalmente, recebeu em 2021 um aporte de US$ 130 milhões, liderado pelo Softbank, que a colocou no hall dos unicórnios do mercado de tecnologia, com um valor de mercado superior a US$ 1 bilhão. Fundada em 2011, pelo CEO Hovhannes Avoyan, um empreendedor serial nascido na Armênia, a Picstar se desenvolveu no Vale do Silício: sediada em San Francisco, teve os primeiros aportes de capital de fundos locais, entre 2015 e 2016.

Com a expansão global e escritórios recém-inaugurados em Glasgow (Escócia) e Bangalore (Índia), a Costa Leste passou a ser uma região mais convidativa para manter os negócios da startup mundo afora. “Estamos comprometidos com a colaboração entre nossas equipes internacionais, e uma sede em Miami ajuda a apoiar isto. É acessível às nossas equipes em toda a Europa e nos EUA”, disse Avoyan, em entrevista ao South Florida Business Journal. Ainda neste ano, devem ser inauguradas unidades em Berlim e Bucareste.

Em post recente no LinkedIn, o CEO anunciou que os planos para o Sul da Flórida iriam além de uma unidade com localização estratégica: “depois de me mudar para Miami no ano passado, estou animado em compartilhar que estamos abrindo um novo QG para a Picsart em South Beach. Como um centro internacional de criatividade e inovação, nosso escritório de Miami nos permitirá colaborar facilmente com outras unidades em todo o mundo”. O Picsart é um dos 20 apps móveis mais baixados no mundo ao longo dos últimos três anos.

O interesse do Softbank pelo cenário de tecnologia de Miami tem sido crescente. E a preferência por ter investidas operando na região mostra que estes deals devem ser cada vez mais recorrentes. Uma das primeiras grandes apostas do fundo na região foi a Reef, que se tornou o primeiro unicórnio de Miami, após aporte de US$ 700 milhões. A empresa transforma estacionamentos e garagens em espaços de convivência, com mini centros de logística e retirada de encomendas, além de restaurantes que operam com entregas online.

Até mesmo uma empresa de fora dos EUA investida pelo Softbank está se tornando popular na cidade. A FTX Exchange, uma corretora de criptomoedas com sede em Nassau (Bahamas) que já captou US$ 1,8 bilhão com fundos de venture capital e ofereceu US$ 135 milhões para obter os direitos do uso do nome da arena onde joga o Miami Heat, pelos próximos 19 anos.

Febre das criptomoedas atrai mais uma empresa a Miami

“Como Miami solidifica seu status como uma meca para criptografia, não poderíamos estar mais entusiasmados em anunciar o local de implantação de nossas raízes permanentes na cidade. A paixão pela moeda criptográfica aqui não se compara a qualquer outro lugar dos Estados Unidos”, disse à Refresh Miami o CEO da Blockchain.com, Peter Smith, uma plataforma de negociação de moedas digitais fundada em 2011, em Londres. A empresa, que tinha sede em Nova York, conta com mais de 500 funcionários em todo o mundo e facilitou mais de US$ 1 trilhão em transações por meio de sua plataforma.

Em Miami, cidade pioneira na criação de uma moeda digital adminstrada pela prefeitura e anfitriã de vários eventos de criptoativos, a Blockchain.com terá uma sede de 22 mil metros quadrados ocupando dois andares de um prédio no descolado bairro de Wynwood, com capacidade para abrigar 300 funcionários. Lá, terá como vizinhos empresas do ecossistema tech como OpenStore, Atomic, Founders Fund e Spotify.

“A velocidade com que nosso negócio está crescendo corresponde à de Wynwood e da própria Miami, criando o cenário perfeito para continuarmos a escalar mundialmente”, afirma Smith.

Foto: divulgação

Texto: Fabrício Umpierres

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