A saúde mental tem sido uma preocupação crescente para muita gente. Segundo uma pesquisa da Ipsos, encomendada pelo Fórum Econômico Mundial, 53% dos brasileiros declararam que seu bem-estar mental piorou um pouco ou muito no último ano. Essa porcentagem só é maior em quatro países: Itália (54%), Hungria (56%), Chile (56%) e Turquia (61%).
Este cenário tem ganhado não somente a atenção de governos, mas também das empresas no mundo todo. No entanto, existe ainda um estigma associado à saúde mental no ambiente corporativo. “O caminho para desestigmatizar algo é falar sobre, e as empresas têm um papel importante em criar um espaço seguro para essas conversas”, diz Vanessa D’Angelo, Head de Marketing LATAM da LogMeIn.
A empresa, que é especializada em prover tecnologias para facilitar o trabalho remoto, o “anywhere office”, encomendou um estudo da consultoria Forrester sobre o tema, “Construa uma estratégia de trabalho flexível para o sucesso dos negócios”. Entre os dados apontados pela pesquisa está o de que somente 44% dos funcionários acham que suas empresas foram efetivas em suportar necessidades de saúde mental no trabalho remoto. Então, o que as empresas podem fazer para quebrar o estigma em torno da saúde mental no ambiente de trabalho?
Abaixo algumas dicas de como a LogMeIn está lidando com o tema:
1. Falar sobre o assunto
Encorajar as pessoas a procurar suporte antes que elas cheguem em uma crise é fundamental. Pode ser mais fácil falar do que fazer, a menos que você crie um espaço seguro para falar sobre os desafios da saúde mental como algo perfeitamente normal. Incentive sua equipe de liderança a priorizar o bem-estar mental, falando sobre isso em reuniões, checando com cada membro da equipe e compartilhando suas próprias histórias para promover compreensão e um verdadeiro suporte.
2. Fornecer e promover recursos
Independentemente do que cada pessoa possa estar enfrentando, todos lidamos com dificuldades e problemas de saúde mental de maneira diferente. Por isso, é essencial fornecer tipos variados de suporte para os funcionários.
A LogMeIn tem um programa de assistência ao funcionário que provê acesso direto e confidencial a sessões de terapia online. Também foram criadas comunidades lideradas por funcionários, que são hospedadas em locais como canais do Slack. Elas ajudam os colaboradores a fazer conexões e encontrar aliados que podem ser benéficos para a saúde e felicidade. Pensar em benefícios customizados para as necessidades das pessoas ajuda a reforçar que elas são mais do que funcionários. Aulas de bem-estar, jardinagem, culinária, entre outros que também envolvam membros da família são boas opções.
3. Promover um equilíbrio entre vida pessoal e profissional
O equilíbrio pode ser diferente para cada um, mas com as ferramentas certas e incentivo, os empregadores podem ajudar seus funcionários a encontrarem seu equilíbrio do dia a dia. Algumas dicas:
- Permitir o trabalho flexível tanto de locais, como de horários. Os dados mostram que o trabalho flexível é o que os funcionários querem, e as empresas precisam se mover em direção a mais flexibilidade caso queiram manter seus talentos.
- Incentivar os funcionários e líderes a usarem suas férias. Quando o gerente encoraja os membros da equipe a tirarem folga e conversa junto com eles sobre os horários, é sinal de que ele realmente se importa e trabalha para que todos tenham o descanso necessário.
- Oferecer ou exigir dias específicos de autocuidado. Na LogMeIn, toda primeira sexta-feira do mês é dia de folga para todos os funcionários. É muito positivo quando toda a empresa fica off em um dia e não há a pressão de checar e-mails.
“Problemas de saúde mental podem afetar qualquer um a qualquer momento, e acontecer e se repetir devido a circunstâncias fora do nosso controle. Este não é um desafio sazonal, mas um que deve ser abordado regularmente e se tornar uma prioridade das empresas em todos os lugares”, afirma Vanessa D’Angelo.