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Quem é o “mestre da quebrada”, Hermes de Sousa

Fundador do Instituto NUA transforma a realidade no extremo leste de São Paulo

“Eu não sei nada”. É com esta humildade e clareza com que Hermes de Sousa (na foto, à dir.), fundador do Instituto Nova União da Arte (NUA), fala sobre o impacto de sua participação no V Encontro Planetário de Ecoversidades, que aconteceu no Egito, no final de março. Esta é terceira vez que o líder comunitário teve a oportunidade de trocar e aprender com lideranças de mais de 30 países que, assim como ele, estão na linha de frente germinando sonhos em comunidades que vivem dilemas sociais complexos. 
 
Em 2019, ele esteve no México, em 2020 na Índia (ao lado do indiano Manish Jain, cofundador da Shikshantar, Universidade Swaraj e Aliança das Ecoversidades, à esq. na imagem). Todas essas empreitadas fazem parte de uma iniciativa chamada Unidivesidade das Kebradas, que tem como proposta conectar líderes comunitários, moradores de periferias, quilombolas, indígenas e demais pessoas que naturalmente transmitem ensinamentos adquiridos ao longo da vida, através de suas próprias histórias de sobrevivência. 
 

E Hermes sem dúvida é um deles. Nascido na cidade de Tauá, no sertão cearense, ele veio para São Paulo ainda adolescente quando seu pai perdeu tudo o que tinha construído em sua cidade natal por conta do Plano Collor. Hermes acabou se envolvendo com o tráfico, adquiriu uma dependência em crack e passou dez anos encarcerado.
 

É justamente aí que começa seu ponto de virada. No bairro União de Vila Nova, em São Miguel Paulista, Hermes encontrou seu propósito de vida: germinar sonhos. O ponto de partida são as oficinas de escultura que ele transportou do presídio para o lixão do bairro, que no início dos anos 2000 era considerado um dos mais violentos da capital. Em 2005, deste embrião, nasce oficialmente o NUA.  
 
Vinte anos depois, três projetos da ONG viraram modelo para outras comunidades: o Flor de Cabruêra, a Escola Debaixo da Ponte e a Quebrada Sustentável, todos com foco em educação ambientalarte reciclagem, que hoje envolvem mais de 600 crianças e adolescentes que transitam entre os projetos.

Para se manter, a ONG conta com recursos do Fumcad, de outros institutos parceiros, inclusive de fora do país. Mas, a intenção é buscar a auto sustentabilidade, como é o caso do Mulheres do G.A.U. (Grupo de Agricultoras Urbanas), que chegou lá e hoje é parceira do NUA.  

Fundo Fica atua na redução do déficit de moradias com aluguéis a preços acessíveis

São 17,9 milhões as moradias vazias no Brasil. Enquanto 1% dos proprietários concentra 45% dos imóveis somente em São Paulo, com 6,3 milhões de moradias seria possível zerar o déficit habitacional no Brasil. A partir desses números e de um incômodo nasceu o Fundo Fica. A missão da associação sem fins lucrativos é a oferta de aluguéis acessíveis em regiões centrais, com grande concentração de serviços, infraestrutura e emprego. 

Para isso, as doações recebidas dos apoiadores são depositadas em um fundo, e ao atingir um determinado valor, um novo apartamento é comprado e reformado. Os imóveis adquiridos são alugados por um valor de custo, para famílias de 2 a 3 salários mínimos. 

Em 2021, surge uma nova iniciativa com o objetivo de escalar a atuação do FICA, a Compartilha Investimentos Sociais, um grupo de investidores de impacto social para intervir no mercado de cortiços. Ao adquirir imóveis em risco de serem encortiçados no centro de São Paulo, a ideia é viabilizar uma alternativa aos atuais moradores, oferecendo segurança, salubridade e formalidade no aluguel.  

Os apoiadores contribuem mensalmente com o FICA para a compra de novos apartamentos. Os associados, além de contribuírem com o FICA, possuem direito de voto nas assembleias e podem também se candidatar à diretoria. Para se associar entre em contato.

Conheça o Clube da Preta: moda afro por assinatura

O conceito de clube de assinatura não é algo novo, mas a influenciadora digital Débora Luz e o administrador de empresas Bruno Brígida idealizaram um modelo de negócio que vai além de um simples clube. O Clube da Preta é um empreendimento social criado por dois afroempreendedores para dar visibilidade a outros afroempreendedores.

O negócio hoje reúne produtos de quase 400 afro-empreendedores e entrega mensalmente caixas com roupas, acessórios, livros e produtos de beleza, entre inúmeros outros itens. São três planos: o de leitura, que custa R$ 49,90, o “relax”, que sai por R$ 69,90 e inclui livro, mais uma peça de roupa básica e um acessório e o “essencial”, que custa R$99,90 e reúne livro, duas peças de roupas e um acessório. 

A startup aparece na lista divulgada pela aceleradora BlackRocks como uma das mais promissoras para 2022

Grupo Malwee lança coleção infantil de tecidos reaproveitados

Como parte de sua estratégia de sustentabilidade, o Grupo Malwee lança a coleção Criar de sua marca de roupas infantis, a Malwee Kids, produzida a partir do reaproveitamento de matérias-primas remanescentes de outras coleções de todas as marcas da companhia.

O Grupo desenvolve a coleção desde o último trimestre de 2021. Todas as 14 peças levam retalhos de malhas para compor vestidos, saias, blusas, leggings, camisetas, bermudas, jaquetas e blusões. A nova coleção chega às lojas de todo o Brasil e também está disponível no e-commerce. 

Fique Ligado

Na Alexa, O Boticário conta “Histórias do Alex” e busca visibilidade trans.

BLAB: Bauducco convoca startups com soluções que ajudem a acelerar a transformação digital da empresa. Inscrições até 3 de abril.

Ação distribui alimentos e sementes para plantio em comunidades de RS e MS.

Nestlé intensifica descarbonização da produção de leite. 

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