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Quatro apostas para o futuro pós-pandemia

“Vivemos o momento da imprevisibilidade. Ninguém mais tem as respostas”. E isso não necesariamente é ruim, na opinião de Sylvia Leão, Board Member da Baumgart, Mendelics, Raia Drogasil e Totvs, que participou da LIVE Qual é a sua aposta de futuro?, realizada pelo Experience Club nesta quarta-feira, 29 de abril. Moderada pelo CEO Ricardo Natale, a live contou também com Eduardo Gouveia, Board Member da CI&T, Mapfre e Moura e Julio Piña, Board Member da MK Solutions, Kallas, Think IT e Verity.

A seguir, algumas das apostas dos board members para o futuro dos negócios no mundo pós-pandemia.

1- Cooperação. As empresas estão mais solidárias em relação às menores. Há um consenso sendo formado de que é preciso cuidar do pequeno e do local. Trata-se de um mercado importante e que deve ser preservado. E esta consciência da realidade do outro se estende para além das empresas, ela também impacta a relação das marcas e companhias com os consumidores. As empresas vão entender que não se cria mais reputação com mídia tradicional. É momento de focar no que é fundamental e relevante, o que é verdadeiro e sustentável. A crise não pode violar a cultura de uma empresa. Mas, é preciso ter cuidado para não ser oportunista neste momento. O tom é tão importante quanto à ação.

“ É preciso conciliar o curto e o longo prazo. Esta balanço é duro, mas temos que ter esse discernimento” – Eduardo Gouveia

2- Nova liderança

A maioria dos executivos, até então, estava acostumada a lidar com controle total da situação. Mas o jogo virou. As pessoas vão começar a ter a humildade de dizer não sei, não tinha considerado este ponto. Por isso, o novo líder é aquele que tem as melhores perguntas e está disposto a construir com as demais lideranças. Aquela figura centralizadora e autoritária não terá mais espaço. 

Somos estimulados a só termos convicções, mas questionar-se é fundamental” – Sylvia Leão

3- Give Back

O cenário atual está nos levando a uma reflexão sobre a interdependência do poder público e do privado. O momento é de “give back”. E não necessariamente estamos falando de dinheiro, mas oferecermos nosso tempo e competências em prol do público. Muitas iniciativas de ação social estão surgindo, com diferentes formatos, provando que temos talentos de sobra e capacidade de mobilização. É chegada a hora de organizar a filantropia no Brasil. 



“Busquem as oportunidades e não somente em novos negócios, mas também em cooperação” – Julio Pina

4- Novas relações de trabalho. Estávamos muito acostumados com o “ou”, mas chegou o momento é do “e”. É preciso reorganizar o nosso entendimento. Um exemplo prático disso é o home office. Ele por si resolve todas as questões? Por um lado, o home office trouxe uma dose de liberdade, o que induz a um senso de commitment, e isso gera produtividade. Neste sentido, a interação física vai se dar com mais qualidade. Por outro, o contato humano é essencial na nossa cultura. Talvez seja preciso considerar um retorno com posições volantes e mesões compartilhados, por exemplo. Em resumo, uma solução híbrida. 

Texto: Luana Dalmolin 

Imagens: Experience Club 

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