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Carbyne aposta em time experiente e IA para democratizar Private Equity no Brasil

Gestora, fundada em 2021 e comandada pelo português Filipe Caldas, lançou um fundo de fundos que permite aplicação a partir de R$ 10 mil

Com experiência de duas décadas no mundo das finanças, período no qual acumulou passagens, dentro e fora do país, por instituições como Deutsche, UBS, Merril Lynch, StepStone e Hamilton Lane, o português Filipe Caldas tem uma firme convicção. Ele entende que o acesso ao mercado brasileiro de private equity e venture capital precisa ser democratizado. 

Na prática, isso significa, em sua visão, possibilitar a entrada de um número maior de investidores a uma base mais diversificada de ativos. Como consequência natural desse movimento, surgirá mais liquidez, acredita.    

E foi para dar sua contribuição nesse sentido – e, claro, aproveitar as oportunidades que surgirão a partir daí -, que Caldas criou a Carbyne Investimentos. 

Fundada em 2021, a gestora se apoia em dois pilares: um time experiente e utilização em larga escala de inteligência artificial na seleção de investimentos. 

“É um projeto que estávamos desenvolvendo há bastante tempo. Só aguardando o momento certo para colocá-lo em prática”, afirma Caldas. 

“Os hedge funds já usam Inteligência Artificial há muito tempo. Apliquei isso à nossa lógica de negócios. O objetivo é reduzir o uso dos processos manuais e baseados apenas em intuição humana”, diz.  

A equipe conta com 16 sócios que, juntos, somam mais de R$ 20 bilhões investidos no Brasil e no exterior. 

Fundo de fundos 

O objetivo de popularizar o mercado passa por fomentar transações secundárias de cotas de Fundos de Investimento em Participação (FIPs), veículos por meio dos quais tradicionalmente se investe em private equity e venture capital no país. 

Por isso, a Carbyne criou um fundo que compra cotas de outras gestoras. O portfólio permite aplicações a partir de apenas R$ 10 mil e liquidez já no terceiro ano, algo novo no mercado brasileiro. Por aqui, é comum que o investidor tenha de ficar até uma década carregando o papel e só possa investir se for investidor qualificado, com ao menos R$ 1 milhão em aplicações.  

“Esse é ainda um mercado muito ineficiente no Brasil. Num determinado momento, só nós fazíamos transações desse tipo. Hoje, três ou quatro casas seguiram nossos passos. Lá fora, estamos falando de um mercado que transaciona US$ 60 bilhões, US$ 70 bilhões por ano”, estima.  

A expectativa é captar até R$ 300 milhões no primeiro ano e fechar o fundo quando, mais à frente, seu patrimônio chegar a R$ 2 bilhões.

Texto: Luciano Feltrin

Foto: divulgação

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