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Muitos aprendizados com o professor Julian Birkinshaw

Ricardo Natale

 

Semana passada tivemos mais um marco na história do Experience Club, com a presença em nosso palco do professor Julian Birkinshaw, vice-reitor de Estratégia e Empreendedorismo e diretor acadêmico do Instituto de Empreendedorismo e Capital Privado da London Business School e autor de mais de 15 livros sobre gestão, impulsionador de métodos como lean e adhocracy.

Em sua masterclass, o professor Julian de certa forma nos tranquilizou sobre os impactos disruptivos das novas tecnologias. Reforçando que é preciso abordar as inovações com a já conhecida mistura de paranoia e pragmatismo, ele desfez alguns mitos e nos lembrou que muitas tecnologias tidas como completamente disruptivas quando surgiram não foram assim tão destrutivas como se temia, porque as grandes empresas souberam incorporar essas inovações em seus negócios e crescer a partir delas.

Um caso muito citado como exemplo de empresa que ficou para trás, é o da Kodak, que perdeu seu negócio quando os filmes analógicos foram substituídos pelas câmeras digitais. Mas esta, na avaliação de Julian, é a exceção e não a regra.

A história registra muito mais casos de empresas que conseguiram se reinventar e incorporar a tecnologia, mesmo que não tenham feito isso imediatamente.

Um caso interessante citado por ele é o da Disney, de uma perspectiva diferente do que estamos acostumados a pensar. Quando parecia que a empresa tinha perdido o bonde no segmento do streaming, ela estava na verdade esperando o mercado amadurecer e fortalecendo seu negócio principal, de produção de conteúdo, comprando outras empresas do setor e enriquecendo seu portfólio para então entrar com mais força nesse mercado.

Julian também falou sobre o papel do líder na transformação das empresas e como a liderança é essencial para dar liberdade às pessoas para que elas floresçam, mas ao mesmo dar uma direção sobre o rumo que a companhia deve seguir.

Ele abordou ainda algo que venho falando há tempos, já fizemos no ano passado até um CEO Circle sobre isso: o valor dos ecossistemas, das plataformas. Estamos migrando de um sistema de valor em ativos, de ação individual de cada empresa, para um modelo de ecossistemas.

Na Adhocracy, sistema defendido por Julian como o mais adequado à gestão nos tempos atuais, a ênfase está na experimentação e na ação. Deu errado? É preciso agilidade para corrigir e acertar o rumo rapidamente. Ele reconhece que nem todas as companhias estão preparadas para uma mudança radical na gestão. Às vezes é preciso manter as atividades de forma tradicional enquanto uma parte da empresa desenvolve um novo modelo, especialmente quando se trata de uma nova tecnologia com potencial de mudar radicalmente o mercado.

Como ele definiu quando respondeu à pergunta sobre como lidar com a pressão de entregar resultados no próximo trimestre versus a visão de longo prazo: “temos que gerir o hoje, temos que gerir para o amanhã. E também temos que ficar de olho no depois do amanhã, e mostrar aos nossos investidores como estamos preparando esse futuro.”

Foi uma manhã de grandes aprendizados e de reflexões sobre como estamos gerindo nossos negócios e o que podemos melhorar.

E fica de olho no seu e-mail que mais tarde vamos enviar um report completo sobre a masterclass do professor Julian Birkinshaw. E para saber mais sobre os livros dele, temos quatro resumos publicados na [EXP], nossa plataforma digital, que você pode ler aqui.

Carta do CEO

 

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