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Marketplace oferece mais de 1,2 mil soluções para cidades inteligentes

Com menos de cinco anos de atuação, govtech Bright Cities usa Big Data para fazer diagnóstico e mapeamento de problemas e conectar prefeituras a recursos inovadores

Fique ligado:

1 – Com foco na transformação digital da gestão pública, plataforma desenvolvida pela startup com metodologia própria acessa diversos dados públicos oficiais e analisa a performance de um município em dez áreas prioritárias para ações no planejamento estratégico a partir de 160 indicadores.

2 – O ingresso ao marketplace e ao diagnóstico são disponibilizados gratuitamente, mas, com base nas informações, as prefeituras podem contratar os serviços da Bright Cities para detalhar e aprofundar o entendimento de cada uma dessas áreas, priorizar as ações e mapear as soluções mais aderentes para atender suas demandas.

3 – Atualmente, 60% dos clientes são gestores públicos e 40% empresas do setor privado que usam essa inteligência de dados para apoiar decisões de investimento em ESG.

Temos dois papéis importantes, o primeiro é o de fazer um diagnóstico assertivo com base em dados inteligentes. O segundo é o de aproximar o gestor desse ecossistema de inovação, divulgar as soluções das govtechs e aproximá-lo de empresas inovadoras que querem vender para o setor público.”

RAQUEL cAMARDONE, CEO DA BRIGHT CITIES

Apaixonada por gestão pública, Raquel Carmadone aproveitou um período sabático em 2013 para dar uma guinada na carreira, até então desenvolvida em grandes empresas, e direcionar seus conhecimentos para uma consultoria que atuava com soluções para o setor. Ali ela abraçou o tema Cidades Inteligentes e foi fazer um mestrado na área pela Unicamp.

Em 2018, ela fundou a Bright Cities, com o propósito de usar a tecnologia para apoiar gestores públicos no diagnóstico dos problemas de suas cidades e na conexão com soluções inovadoras de mercado. O pontapé inicial para o negócio veio de um patrocínio do Itaú logo no nascimento da startup, que participou do programa de aceleração do BrazilLab. Depois vieram duas rodadas de aporte de investidores-anjo, uma em 2018 e outra em 2020.

A Bright Cities desenvolveu uma plataforma que acessa diversos dados públicos oficiais e, por meio de uma metodologia própria, analisa a performance de um município em dez áreas da gestão pública. Uma vez com o diagnóstico em mãos, a prefeitura pode contratar os serviços da Bright Cities para detalhar e aprofundar o entendimento de cada uma das áreas, priorizar as ações com base nestas informações e mapear as soluções mais aderentes para atender suas demandas.

Desde o lançamento, já foram desenvolvidos 75 projetos e atualmente 20 prefeituras são clientes ativas da plataforma. “Além de atender os gestores públicos, também temos clientes no setor privado, que nos procuram para decisões de investimento em ESG”, conta a CEO da Bright Cities, Raquel Carmadone, em entrevista ao [EXP].

Mobilidade e gestão pública

“Após trabalhar por 10 anos no mercado corporativo, em empresas como IBM, Editora Abril e Mars Brasil, fiz um ano sabático em 2013 e fui trabalhar na Bright Consulting, que usa inteligência de dados para mobilidade. Desde a faculdade de Administração me interessava por gestão pública e me aproximei do tema Cidades Inteligentes nessa nova etapa profissional.”

“Fiz meu mestrado na Unicamp sobre o tema Cidades Inteligentes e desde 2015 participo anualmente do maior evento de smart cities do mundo, em Barcelona, o Smart City Expo World Congress. Em 2018 lançamos a Bright Cities neste evento, após receber um patrocínio do Banco Itaú.”

Razão de existir

“Queremos sanar a dor dos gestores públicos no tema de transformação digital. Por onde começar, qual o roteiro a seguir? Para tomar essas decisões, eles precisam ter um diagnóstico de suas cidades, entender quais são os principais desafios a partir de dados claros e informações que possam embasar melhor essa priorização de ações no planejamento estratégico da cidade.”

Big Data para diagnóstico

“Desenvolvemos uma metodologia que avalia as cidades em 10 áreas: segurança, saúde, educação, governança, meio ambiente, urbanismo, energia, empreendedorismo, mobilidade, tecnologia e inovação. Usamos os dados de fontes públicas oficiais como Datasus, IBGE e outras 40 bases de dados, padronizamos esses indicadores e fazemos uma análise em cada uma das áreas de diagnóstico. Todos os indicadores utilizados pela plataforma estão alinhados com os ​17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU​ e com as ​normas técnicas da ISO​.” 

Desafios e soluções

“A Bright Cities já mapeou as 5.570 cidades do Brasil, as 500 maiores cidades dos Estados Unidos, Portugal, Riad na Arábia Saudita e outras 70 cidades no mundo. Quando um gestor público nos procura, podemos fazer um trabalho personalizado, indicar cidades regionais ou globais de referência e apresentar soluções para seus principais desafios com as ferramentas e boas práticas de nosso marketplace de serviços.”

Marketplace de soluções e govtechs

“Hoje temos mais de 1.200 soluções que foram validadas pela nossa equipe de curadoria na plataforma. Avaliamos se a solução já foi implementada em alguma cidade com resultados positivos, ou seja, todas as ofertas devem ter ao menos um caso de sucesso. Refinamos as informações para que os gestores públicos possam encontrar a melhor solução, considerando o tempo de implementação, o custo e o impacto daquela solução.”

Modelo de negócio

“O acesso ao marketplace e o diagnóstico das cidades é gratuito, mas temos uma versão Premium em que oferecemos os nossos serviços personalizados de mapeamento de soluções e detalhamento dos indicadores para priorização das ações.  Além das prefeituras, oferecemos essa inteligência de dados para o setor privado, que deseja acessar nossa base para apoiar decisões de investimento em ESG. Atualmente, 60% de nossos clientes são gestores públicos e 40% empresas do setor privado.”

Selo “Gestão Inteligente de Dados”

“Criamos este selo no início deste ano, para reconhecer as cidades que estão monitorando seus indicadores de qualidade e atuando com base neles para melhorar a performance da gestão pública. A primeira cidade a receber o selo foi Tubarão, em Santa Catarina, seguido por Joinville e Florianópolis, no mesmo estado. Entregamos o selo à prefeitura de Curitiba e a outras cidades no evento Smart City Expo Curitiba, em março.”

Visão do negócio

“Temos dois papéis importantes, o primeiro é o de fazer um diagnóstico assertivo com base em dados inteligentes. O segundo é o de aproximar o gestor desse ecossistema de inovação, divulgar as soluções das govtechs e aproximá-lo de empresas inovadoras que querem vender para o setor público.”

Imagem: Freepik, Divulgação

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