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Domo inicia o ano com aportes de reforço em startups já investidas

Rodrigo Borges, sócio e co-fundador da gestora de fundos de capital de risco, conta que, em 2022, a empresa dividirá as atenções entre investimentos novos e rodadas de apoio às empresas já investidas  

O ano começou agitado para a DOMO Invest. Logo nos primeiros dias de 2022, a gestora de venture capital, uma das mais ativas do mercado doméstico, acompanhou duas novas rodadas em empresas nas quais já investia. 

Participou dos R$ 23 milhões aplicados na Gavea Marketplace, bolsa digital de commodities agrícolas que usa tecnologia blockchain, e esteve entre os investidores que levantaram outros R$ 7 milhões para fortalecer o caixa da startup de educação Digital Innovation One, cujo negócio conecta empresas e programadores.       

A DOMO fechou 2021 com aproximadamente R$ 500 milhões sob gestão e mais de 70 startups, em diferentes estágios, investidas nos quatro fundos da casa. Entre as startups que receberam aportes no ano passado estão nomes como a Flix, de seguros residenciais; Usadosbr, plataforma de compra e venda de veículos, e a 88i, de seguros para atividades da “economia do bico”.

A expectativa para este ano é mesclar novos negócios com apoio a rodadas em empresas investidas. 

“A DOMO vai continuar com investimentos em early stage (estágio inicial). Todos os fundos têm capital para investir e vamos estar ainda mais presentes em 2022 para fortalecer o ecossistema. Mas a tendência é que o número de follow ons (oferta subsequente) também acompanhe esse movimento. Até por conta do nível de maturidade que as primeiras investidas prometem atingir no ano”, explica Borges. 

A seguir, os principais trechos da entrevista dada ao Experience Club

1 – Aposta na maturidade do ecossistema 

“A grande maioria das startups gera benefícios à sociedade, pois geram ganhos de eficiência e agregam transparência.” 

“Olhando o mercado como um todo, elas dão uma dinâmica que potencializa a qualidade dos serviços oferecidos.” 

2-Novas oportunidades  

“Há indústrias de prestação de serviços que poderiam ser completamente digitalizadas e ainda não foram. Isso porque havia uma barreira de entrada ou regulamentação. São os casos de bancos e seguros.” 

“Agora que órgãos reguladores, como BC, Susep e CVM começam a entender que precisam reduzir concentração e trazer novos serviços e soluções para o mercado, uma nova janela se abre.” 

“Pessoas que estavam à margem dos bancos começam a receber oferta de crédito.” 

3- Mercado aquecido  

“A recente onda de IPOs fez com que muitas empresas tenham liquidez para fazer novas aquisições. Isso também é positivo para as startups.” 

“O Brasil acelerou muito nos últimos anos em M&A. A possibilidade de crescimento não-orgânico se desenvolveu e as empresas têm áreas próprias.”  

“O ciclo de negócios vai ser alimentado em duas camadas: os investimentos de compras entre empresas, e também de investidores que saíram de negócios e vão buscar outros. Isso realimenta todo o ciclo.” 

4-Foco no longo prazo 

“Do lado Macro, olhamos para o movimento de digitalização como tendência. Pode variar Bolsa, juros e dólar, mas ele permanece é constante e acelera.”   

“Do outro lado, você tem olhar muito o micro da empresa.”  

“Nosso ticket-médio gira em torno de R$6 milhões, R$ 7 milhões.”

Texto: Luciano Feltrin

Foto: divulgação

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