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Cinco princípios para liderar e formar grandes times

Carta do CEO-liderança

Solidez teórica e experiência não bastam mais: a missão permanente do CEO é continuar se capacitando e motivar equipe a seguir seus bons exemplos

Por Ricardo Natale


Por mais vividos e bem preparados academicamente que sejam os profissionais que chegam ao topo de comando de uma corporação, não existe uma fórmula ideal para tornar-se um verdadeiro líder, tampouco para formar outras lideranças.


Para muitos CEOs que conheci, liderar pode ser uma tarefa árdua, de muita responsabilidade e, sobretudo, solitária. Mas a verdade é que não precisa ser sempre assim. Um líder que compartilha, troca aprendizados e acredita no poder da inspiração pode trazer resultados surpreendentes de negócios, para a equipe e para os clientes.


Quero dividir aqui cinco aprendizados que extraí de CEOs que admiro muito e tive a oportunidade de conviver nos últimos anos:


1. Lifelong learning – Aprender continuamente sempre foi um fator de diferenciação profissional. Hoje em dia, trata-se de uma questão de sobrevivência para você, sua equipe e a empresa na qual atuam, dada a velocidade cada vez maior das transformações tecnológicas e dos métodos gerenciais para lidar com elas.
Além de buscar formas de aprendizado em programas que ajudem você e sua equipe a manterem-se atualizados por meio de conteúdos qualificados, convidar periodicamente para um bate-papo especialistas sobre determinados temas que você queira desenvolver com seus liderados pode tornar a tarefa mais enriquecedora.
Tanto na carreira profissional quanto no mercado, quem se dispõe a aprender continuamente além do ensino ministrado nos bancos escolares tende a destacar-se e a apresentar um desempenho melhor, combinando o conhecimento de técnicas de sua área de atuação com formas mais adequadas de chefiar e estimular seus comandados.


2. Clareza e agilidade – Um pouco antes da final do Torneio Mundial de Clubes, em 12 de fevereiro, o meia Raphael Veiga, do Palmeiras, disse em uma entrevista que o técnico do time, o português Abel Ferreira, expunha aos jogadores antes da partida o que esperava deles de forma transparente e muito fácil de entender, de modo que todos os atletas sabiam exatamente o que o treinador esperava de cada um deles. Veiga igualmente falou com admiração que praticamente tudo que Abel previa na preleção das partidas acontecia.


Embora o Palmeiras tenha perdido para o Chelsea na final, a forma de liderança de Abel Ferreira levou o clube a oito finais de campeonato em pouco mais de um ano e a sagrar-se campeão em metade delas (Copa do Brasil, um bi na Libertadores e a Recopa Sul-Americana). Além de títulos, a clareza de seus objetivos e o conhecimento daquilo que fala aos jogadores lhe renderam respeito com seus subordinados e com o mercado brasileiro de futebol.


3. Trazer os problemas à tona – Uma das maneiras de incrementar o desempenho é identificar os problemas e tentar resolvê-los o mais rápido possível. Se seus liderados demonstram receio em expor eventuais problemas, há algo errado na relação com a equipe. Como os adeptos da liderança lean costumam dizer: “Um chefe deve ser duro com os problemas, não com seus subordinados”.


Aqui também não há problema algum em admitir fraquezas e pontos de melhoria. O líder verdadeiro não é aquele que tem resposta para tudo, mas conhece suas limitações e compartilha as dores com a equipe diante de situações desafiadoras. Não existem respostas simples para problemas complexos e as soluções são cada vez mais compartilhadas e interdisciplinares.


4. Mentoria reversa – Uma forma bem útil de troca de experiências na equipe é atribuir a um colaborador mais jovem, por exemplo, o papel de mentor de um mais veterano, a fim de que ambos cooperem na compreensão e no desenvolvimento de temas com os quais as gerações jovens são mais familiarizadas — como novas tecnologias, ferramentas digitais, redes sociais —, que podem ser cambiados com os conhecimentos acumulados pelos mais veteranos em seu campo de atuação.


Contar com um mentor de outra geração ou história pessoal (seja pela origem, gênero, formação profissional e cultural) implica em sempre se colocar diante dos problemas com uma perspectiva diferente.


5. Diversidade – Falando em jovens e veteranos, convém refletir se sua equipe como um todo contempla a diversidade como um diferencial importante, capaz de contribuir com ideias novas e de fazer emergir novos líderes e abordagens para fazer frente aos desafios atuais.


As empresas mais inovadoras têm sido justamente aquelas que usam a diversidade como um fator decisivo na busca por novas soluções e modelos de negócios. Ser diverso não precisa seguir regras inflexíveis ou vestir uma camisa de força. Mas demanda processo. Um bom começo é buscar ajuda fora da própria empresa. Existem inúmeras organizações e consultorias que dão suporte a programas de diversidade altamente eficientes.
Esse conjunto de princípios pode ajudar muito a construir um perfil de liderança potente, mas continua valendo a velha máxima de que um líder inspirador se mede pelos próprios exemplos. De nada adianta exigir da equipe aquilo que você próprio não se preocupa em fazer.

Para saber mais sobre lifelong learning, acesse o Report O aprendizado nas empresas adaptado à nova economia.

Saiba como desenhar um modelo mais inclusivo com resultados para o negócio no artigo As dimensões da diversidade, do colunista Gustavo Glasser, da inclusion tech Carambola.

Acesse nosso canal de vídeos e assista ao episódio Liderança Transformadora, da série 100 Insights para a Retomada.

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