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Cabeça fria e olhar no futuro

Pyr Marcondes*

O pico da inflação global não alcançou o seu ponto crítico, ainda assim é hora de correr atrás de financiamento para quem deseja tirar projetos do papel, antes que o quadro piore. Mas cuidado: a corrida jamais deve ser feita sozinha, sem o auxílio de um advisor

Era de se esperar e está acontecendo…  O valuation e os múltiplos pagos por compradores e investidores estão caindo. Num movimento inversamente proporcional ao da inflação global, que sobe de forma galopante internacionalmente, espalhando instabilidade por todo mercado, bolsa e economias mundo afora.

Num cenário assim, prestemos atenção para uma assimetria cruel, mas duramente verdadeira: quem vende, pode sofrer; quem compra, pode ganhar.

Uso o condicional “pode” para quem vende, porque nem sempre quem vende na baixa sairá necessariamente arrasado. Os negócios diminuíram, mas não pararam. Os valuations e múltiplos caíram, mas em alguns setores o que está na mesa pode ser vantajoso para muitas empresas em busca de investimento ou exits.

Na média, no entanto, muitas serão efetivamente afetadas e aí há uma medida de segurança meio óbvia a ser tomada: esperar. Estima-se que esse quadro inflacionário se estenda por mais dois anos. É razoável pensar nessa projeção.

Portanto, se você que busca funding ou venda puder esperar, melhor.

Mas há movimentos rápidos que podem ser tomados agora por quem precisa porque precisa de aportes: ir na direção oposta e acelerar. O pico da inflação global, dizem especialistas, ainda não chegou. Portanto, como instruiu o “Y Combinator” a suas investidas semana passada, corra atrás de dinheiro agora, antes que o quadro piore. Talvez, seja o melhor a fazer.

Já para o outro prato da balança, pode ser exatamente o contrário: podemos estar começando a viver um momento de comprar barato, e isso certamente pode ser promissor.

No mundo financeiro, o jogo de stop and go é, muitas vezes, previsível. Mas o inesperado joga um papel enorme nos mercados, estritamente voláteis por definição.

Quem souber agir se utilizando de sutilezas pontuais do momento, pode se sair melhor que os que optam pelo previsível.

Num momento como esse, ter a seu lado, vendendo ou comprando, advisors, é mais do que importante: é estratégico.

Claro que sou suspeito ao falar isso, porque sou sócio de uma empresa de M&A. Mas posso assegurar que não ter um advisor com você no quadro descrito acima, vai dar ruim. Portanto, procure alguém, porque esse será um jogo de sutilezas, tempos e movimentos precisos e preciosos. Sozinho, talvez você nem veja a melhor oportunidade para você e sua empresa bem a sua frente. Acredite.

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