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Audiocoin dá a largada na industria criptomusical

A tecnologia por trás das criptomoedas está ajudando artistas a vender seus trabalhos sem intermediários, receber royalties e compartilhar valores entre as partes envolvidas de forma automática. 

Já existem plataformas, como a Ujo Music e a Voise, que permitem que os músicos publiquem e distribuam seus áudios – comprados preferencialmente em moeda digital – e façam o gerenciamento dos direitos autorais, tudo de forma segura e transparente.

Isso é possível porque o sistema blockchain registra vários tipos de transações espalhados por vários computadores em rede. Ao mesmo tempo que essa cadeia de blocos de informação é pública – qualquer um pode verificar as movimentações – ela é protegida por criptografia, tornando impossível apagar ou modificar tais dados.

No universo da música, o momento é de experimentação e aprendizado. O blockchain vem sendo usado de diferentes maneiras por quem entendeu que o mundo hoje é regido por dados, e isso pode transformar uma indústria que, apesar de muito afetada pela evolução tecnológica, sempre resistiu a mudar seu modelo de negócio. 

A cantora Bjork, por exemplo, criou um sistema inédito de recompensas baseadas em interações com suas canções. Nos canais oficiais de distribuição, alguns de seus álbuns como “Utopia” (2017) podem ser comprados com Bitcoin entre outros tipos de moedas virtuais. Além disso, ao adquirir músicas, ir a shows da islandesa e até conversar com ela nas redes sociais, o fã garante prêmios na forma de outra moeda específica, o Audiocoin. 

Gramatik

Mas não é só ela que se modernizou. O produtor de música eletrônica vanguardista Gramatik foi além e está sendo considerado o primeiro “criptoartista” do mundo. Ele criou sua própria moeda e disponibilizou 25% do lote para os fãs, que foi vendido em menos de 24 horas. E os donos da GRMTK, como ele a chamou, têm direito a parte dos royalties de sua obra. Casos como esses mostram que a barreira entre artista e fã está cada vez mais baixa, graças à descentralização.

Mas se tem um aspecto que o blockchain pode e deve centralizar é o banco de dados da indústria, totalmente falho hoje em dia. Organizar e sincronizar todos os metadados sobre quem compôs, quem gravou, quem tem direitos autorais sobre cada peça já criada é um dos campos em que o blockchain tem muito para contribuir na emergente indústria criptomusical.

Texto: Thaís Botelho 

Imagem: Site oficial Bjork.fr e Reprodução Gramatik

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