A Agaxtur, uma das maiores empresas de viagens e turismo do país, pretende dar início neste mês de julho a um novo plano de expansão, para aproveitar a retomada do setor no pós-pandemia.
De acordo com Aldo Leone Filho, CEO da empresa, a Agaxtur está já discutindo uma série de parcerias para ampliar o número de filiais, das atuais 62 para 200, até 2022.
A linha de produtos também vem sendo redesenhada e será adotado um novo modelo de trabalho, híbrido, em uma nova sede, para onde a empresa está de mudança.
Com as mudanças, a expectativa é a de que a receita cresça duas vezes, em relação ao que era 2019, até o final de 2022, afirma Leone Filho.
Presença física
Hoje, segundo o empresário, a empresa já está presente na maior parte das capitais e em uma série de grandes cidades do interior, principalmente no Sul e no Sudeste. Mas falta cobrir praças como Manaus, Belém, Teresina e Cuiabá, e ampliar a cobertura no interior.
Só no mercado paulista, Leone Filho diz que tem mapeadas 25 cidades onde há demanda suficiente para justificar a abertura de uma nova filial.
A ideia, segundo ele, é tocar a expansão em parceria com outras empresas, com as quais já está conversando, mas não abre os nomes.
Família e amigos
O empresário diz que, na reformulação da linha de produtos, os destinos com maior demanda devem continuar os mesmos. Mas a oferta tende a variar de acordo com a reabertura do mundo.
A principal mudança será no perfil dos pacotes. Na pré-pandemia, predominavam as viagens em grupo. Agora, cresceu a demanda por roteiros muito mais privados, misturando trabalho e lazer com a família.
“Ninguém vai pegar um transfer com mais 22 pessoas. E vai ter muito mais valor um negócio chamado ‘family and friends’”
Novo modelo
O plano de expansão vem acompanhado da adoção de uma nova sede e de um modelo de gestão, que Leone Filho define como mais sustentável.
A empresa está trocando o prédio sede, no bairro paulistano dos Jardins, onde funcionou por 35 anos, por um escritório de 527 metros quadrados, no Open Mall, em Osasco.
Segundo ele, além de ser uma estrutura mais enxuta e flexível, em linha com as diretrizes da nova economia, a nova sede, integrada a um centro comercial, vai facilitar a vida dos empregados, que terão à mão academia, farmácia, restaurantes e outros serviços. A nova sede fica próxima também de um terminal de ônibus e de linha de metrô, diz. A antiga, será alugada.
Com a mudança, o empresário afirma que a equipe vai trabalhar em um esquema mais flexível de jornada de trabalho. Serão dois ou três dias em casa, à distância, seguidos de outros dois ou três dias no escritório. O novo escritório tem 75 posições de trabalho, nas quais as equipes vão se alternar ao longo da semana, diz.
“Vamos virar uma startup de 68 anos, que começa agora em julho”, afirma Leone Filho.
Virada
A decisão, conta, foi tomada no começo do ano. “O prédio ficou grande demais para nós, porque o turismo hoje é ‘figital’. A relação é pessoa, digital, pessoa. O que reduz muito a necessidade de mão de obra e te dá flexibilidade para estar em qualquer lugar”, diz.
Segundo Leone Filho, a plataforma online da empresa será a mesma, que considera robusta.