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“A crise é o momento decisivo para descobrir os novos líderes”

O papel dos novos líderes e como eles irão naturalmente ser identificados neste momento de crise, independentemente de cargos e hierarquias, foi um ponto em comum destacado pelo trio Carla Borges, da CI&T, Ricardo Basaglia, da Michael Page, e Flavio Balestrin, da Serasa Experian, durante a LIVE 300 RH Club realizada pelo Experience Club, nesta quarta-feira (8 de abril) com a moderação de nosso CEO Ricardo Natale. Este episódio teve o patrocínio de Alelo, Aon, Livelo e Omint. O Diretor Geral da Michael Page destaca que o perfil da nova liderança mudou.

“Aquele sujeito que precisa saber a hora que as pessoas chegam e saem, que quer ter o controle de tudo, não terá mais espaço” – Ricardo Basaglia

Além disso, ele afirma que é importante o líder não se omitir neste momento de crise e se mostrar vulnerável, afinal “ninguém tem todas as respostas e não existe super-homem”. Ele lembra ainda que 58% dos resultados de uma empresa hoje estão ligados à inteligência emocional. “Um bom líder conhece a si mesmo. Do contrário, ele dificilmente conseguirá liderar o outro”. 

O PAPEL DA CULTURA 

“A cultura das organizações nunca foi tão posta à prova” – Carla Borges

A Head of People da CI&T completa o raciocínio dizendo que “nunca imaginei que a oportunidade de mostrarmos que de fato o colaborador está no centro estivesse tão próxima”. Ela lembra que neste momento não é possível pensar em produtividade sem dividir o que estamos vivendo em casa, inclusive.

O VP LATAM de Recursos Humanos da Serasa Experian também falou sobre esta perspectiva.

“As duas dimensões estão no mesmo lugar. Por isso, precisamos estruturar as agendas de trabalho. Não adianta fazer reunião toda hora. O dia precisa ter começo e fim” – Flavio Balestrin

Ele conta que num primeiro momento, a empresa focou em garantir a segurança de seus colaboradores com o home office e prover informações sobre a pandemia e que o momento agora é o de dar mais atenção ao bem-estar, em ajudar a conciliar as questões domésticas e de trabalho com toda a insegurança que permeia o momento.

“É momento para pensar o que é essencial. Chegar no âmago daquilo que te move e te motiva. O que é mais crítico para o business, para o cliente, como posso impactar mais, como ajudar agora o pequeno e médio empresário. Estas são perguntas que estamos nos fazendo”, diz Flavio. 

COMUNICAÇÃO DIRETA

Certamente, as incertezas em relação ao futuro e ao medo de perder o emprego são pauta prioritária de todas as empresas. Sobre isso, Carla mencionou o movimento #nãodemita, que já conta com a adesão de mais de duas mil empresas e propõe o compromisso de não demitir nos próximos dois meses. O site oficial foi criado pela CI&T. “Manter as equipes é algo poderoso. Com transparência, passaremos juntos pela crise e o entendimento do business se torna mais amplo por todos”.

Sobre o uso de MPs e outras medidas, Flavio explica que eles estão estudando cenários e o melhor uso possível, “equilibrando pessoas e empresa”. Para ele, o fundamental é manter um canal de comunicação sempre aberto com os funcionários. “Tudo o que é definido com o nosso grupo de líderes G200 é passado para os nossos colaboradores, justamente para evitar que informações incorretas e boatos ganhem os corredores”. Ele conta ainda que eles têm feito uso inclusive de canais como grupos de whatsapp como ferramenta para uma comunicação mais eficiente. “Às vezes a rádio Whatsapp é a mais eficiente porque viraliza. Então, por que não usá-la?”.

Ricardo fecha o assunto, afirmando que “precisamos ser brutalmente honestos com o racional de esperança”. “Temos que tirar as pessoas do terror, da escuridão e paralisia, e trazer para o medo, que é um estado importante de consciência. Por isso mesmo, a adaptabilidade é chave. É como se o mundo tivesse acionado um botão de reset. Todos vamos ter que aprender de novo”.

Texto: Luana Dalmolin

Imagens: Experience Club 

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