Descubra os erros e acertos na trajetória de Alibaba, Instragram, Netflix e Airbnb nos resumos de quatro livros que preparamos para você
Os bastidores da criação de uma grande empresa, ou um mergulho em sua cultura, além de inspiradores, podem ser fonte valiosa de insights para executivos e empreendedores. Principalmente quando as empresas em questão são gigantes da nova economia.
Kevin Systrom e Mike Krieger, do Instagram, por exemplo, criaram o Instagram a partir da depuração de informações sobre os usuários de outro aplicativo, o Burbn, de uso muito mais complicado. Mantiveram basicamente a possibilidade de compartilhar fotos de forma simples e, assim, criaram uma máquina de fazer celebridades.
Na Netflix, conta Patty McCord, executiva que liderou a área de talentos da companhia por 14 anos, o orçamento apertado em determinado momento nunca impediu a contratação novos talentos. A decisão é baseada no potencial de geração de receita adicional com o contratado.
Esses e outros insights fazem parte de quatro títulos selecionados, resumidos e aqui reunidos pelo Experience Club: Sem Filtro, Powerful, Por dentro do Alibaba e A história da Airbnb.
Abaixo, seguem os listas com os pontos centrais de cada um dos livros, uma minibiografia dos autores e links para os resumos. Confira:
1 – Sem Filtro
Ideias centrais:
– Kevin Systrom e Mike Krieger pretendiam criar um nome a seu aplicativo, baseado em fotos, que fosse fácil de pronunciar e retratasse ideia de velocidade na comunicação. Acabaram se fixando em Instagram: uma combinação de “instantâneo” e “telegrama”.
– Compra do Instagram pelo Facebook: US$ 1 bilhão. Um bilhão, um número mágico, inédito para aquisição de aplicativos móveis. O Google comprara o YouTube por US$ 1,6 bilhão, mas isso, há seis anos, antes da crise financeira dos Estados Unidos.
– Quando Charles Porch e Systrom estiveram em Hollywood prometendo controle de marca aos astros que usassem o Instagram, não mencionaram o potencial de obter renda extra publicando marcas e produtos. Mas Kim Kardashian sabia o que era possível, ensinada por Paris Hilton.
– Krieger e Systrom percebiam que tinham feito o que o Facebook queria. Tinham 600 milhões de usuários, caminhando para 1 bilhão. Mas Zuckerberg começou a aventar a hipótese de canibalização: se o Instagram continuasse crescendo, poderia devorar o sucesso do Facebook?
– O Instagram estava aumentando sua receita e número de usuários mais depressa que o Facebook. Zuckerberg mandou retirar todas as ferramentas de suporte que o Facebook dera ao Instagram. Este era punido pelo sucesso. Para Systrom e Krieger, era o fim: pediram demissão.
Sobre o autor:
Sarah Frier é uma repórter que cobre empresas de mídia social para a Bloomberg, em São Francisco, nos Estados Unidos. Reportagens premiadas e furos jornalísticos a fizeram ganhar a reputação de expert em como redes sociais – Facebook, Instagram, Snapchat e Twitter – afetam nosso futuro e nossa sociedade.
Leia aqui o resumo em 15 minutos
2 – Powerful
Ideias centrais:
– Quanto mais tempo os gestores dedicarem à comunicação, aos esclarecimentos e à transparência em relação ao trabalho a ser realizado, em relação aos desafios e ao contexto competitivo, menos importantes serão as políticas, aprovações e incentivos.
– “Começar, Parar, Continuar”: nesse exercício, cada pessoa diz a um colega algo que precisa começar a fazer, algo que precisa parar de fazer e algo que está fazendo muito bem e deve continuar fazendo.
– Os debates em grupos menores costumam ser melhores porque todos se sentem mais livres para contribuir – e fica mais perceptível quando não o fazem. Grupos menores também são menos propensos a ter pensamentos grupais.
– Leve em conta não apenas o que pode pagar, dadas as condições atuais, mas também o que poderá pagar considerando a receita adicional que um novo contratado lhe permitiria obter.
– Os funcionários do RH precisam entender de fato como a empresa funciona, mesmo que isso seja bastante técnico. Devem ser parceiros criativos na contratação. Se você dedicar tempo para explicar-lhes detalhes dos talentos procurados, obterá notáveis dividendos.
Sobre a autora:
Patty McCord liderou a área de talentos da Netflix por 14 anos, ajudando a criar o famoso “Culture Deck”, que compendiava a cultura corporativa do grupo. Patty atuou na Pure Software, na Sun Microsystems e na Borland Software. Hoje, é consultora, orientando empresas e empreendedores em relação à cultura e liderança.
Leia aqui o resumo em 15 minutos
3 – A história da Airbnb
Ideias centrais:
– Depois do sucesso de alugar quartos seus para participantes de eventos, os fundadores da Airbnb refinaram o conceito de hospitalidade: seria um site para alugar quartos e cômodos de residências durante conferências pelo país, incluindo depois quaisquer viagens.
– A habilidade da Airbnb de dimensionar rapidamente a oferta de quartos foi facilitada pela computação em nuvem. Em vez de ter ou construir servidores, armazéns e centros de dados, com recursos intensivos e caros, era possível guardar essa infraestrutura na nuvem.
– O motivo exato pelo qual a Airbnb deu certo é uma combinação de fatores. Um dos maiores é o preço. A empresa foi formada na profundidade da Grande Recessão, em 2008, e ainda que as acomodações atirem para muitos lados, em geral são muito mais baratas que as de hotel.
– O relacionamento entre a Airbnb e a indústria hoteleira é complicado, mas evoluiu com o tempo. A Airbnb se desdobrou em dizer que não mexe com a indústria hoteleira, quer criar um quadro de coexistência benigna. Dizem fundadores: “Para ganharmos, os hotéis não têm que perder”.
– Um princípio-chave da estratégia de fontes de Brian Chesky era ser criativo para identificar exatamente quem eram os especialistas e em buscar em disciplinas inesperadas, como buscar pessoal da CIA, não por segurança, mas por cultura de compromisso.
Sobre a autora:
Leigh Gallagher é editora assistente da Fortune. É co-presidente da Cúpula das Mais Poderosas da Fortune. Supervisiona também a franquia editorial “Fortune 40 Under 40”. Participa de programas, como CBS This Morning, Marketplace e outros.
Leia aqui o resumo em 15 minutos
4 – Por dentro do Alibaba
Ideias centrais:
– A ideia de Jack Ma era criar um mercado para conectar empresas de pequeno e médio portes do mundo todo envolvidas no comércio internacional. A economia composta de fabricantes, comércio e atacadistas, numa cadeia mundial de suprimento.
– Para Jack, “o objetivo do Alibaba é ser o maior mercado B2B do mundo. Vamos combinar a sabedoria asiática com as operações ocidentais”.
– Sávio Kwan, diretor de operações, egresso da General Electric, decidiu focar a alta gestão em prolongado processo para definir a missão, a visão e os valores da empresa, mirando o longo prazo.
– Jack à Forbes: “Queremos ser o maior site (Taobao) do mundo para consumidores. O e-Bay pode ser um tubarão no oceano, mas eu sou um crocodilo no Rio Yangtze. Se lutarmos no oceano, perderemos. Mas, se lutarmos no rio, venceremos”.
– Se você é um lobo perseguindo coelhos, fique de olho num só coelho. O Alibaba mudou de modelo de negócio e se expandiu a novas áreas, mas não perdeu o foco central: facilitar a tarefa de fazer negócios.
Sobre o autor:
Porter Erisman atuou como vice-presidente do Alibaba.com e do Alibaba Group. Liderou na empresa as operações do site internacional. Como decorrência de sua experiência no Alibaba, escreveu, além deste livro, um documentário chamado Crocodile in the Yangtze. Especialista em ecommerce, presta consultoria a grupos internacionais.