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Brasileiros atraem cripto-investidores em energia renovável

As criptomoedas têm cada vez mais saído do universo geek do mercado financeiro e atraído investimentos internacionais nos mais diversos setores da economia. Entre eles está o de infraestrutura, mais especificamente no setor elétrico. 

A geração de energia surge como uma das apostas de empresas especializadas em gestão de ativos digitais para conquistar investidores institucionais para o criptomercado. A estratégia é a emissão de moedas virtuais lastreadas em projetos de construção de usinas de geração de energia limpa (eólicas e fotovoltaicas) a moeda virtual é emitida como uma espécie de cota do projeto, e seu valor é definido (de forma simples) em quanto o investidor está disposto a pagar pelo ativo associado àquela criptomoeda. Para que essa valorização seja bem-sucedida, é fundamental a construção de uma carteira de projeto de qualidade e com poucos riscos de construção. 

Cientes de que a segurança ainda é uma questão que limita atração de investidores, as empresas adotam soluções que possam tranquilizar seus clientes.

A Ampere, empresa recém-criada por brasileiros na Suíça, tem trabalhado com projetos de energia eólica em várias partes do mundo.

Atentos à expansão deste mercado, procuram tranquilizar seus investidores por meio da criação de uma plataforma de monitoramento na qual é possível acompanhar o andamento das obras da usina em construção. 

Já no caso da Alexandria, que se prepara para emitir um token lastreado em empreendimentos do setor elétrico, a segurança do investidor vem de negócios já contratados no mercado regulado de energia, ou seja, aqueles projetos que foram viabilizados por meio de leilões oficiais do governo federal. Isso significa que os responsáveis pela obra precisam finalizar o projeto em questão para não incorrer em multas ou punições.

Em geral, as fontes de financiamento dos empreendedores do setor elétrico são basicamente empréstimos captados junto ao BNDES e ou outros bancos privados que possam oferecer uma taxa de juros mais barata a fim de potencializar os ganhos na margem de lucro obtida quando a usina, de fato, começar a entregar a energia nos prazos contratados.

No entanto, diante de dificuldades de acesso a esse tipo de capital, as gestoras de ativos tentam estruturar sua carteira de projetos oferecendo ao empreendedor recursos antecipados para a construção da usina a taxas de juros competitivas em relação às oferecidas no crédito bancário. 

A tecnologia para a emissão dessas criptomoedas é o blockchain, que registra todas as transações efetuadas a partir da emissão das moedas virtuais. Isso possibilita ao investidor acompanhar o desempenho dos seus investimentos, além de poder revende-los quando achar conveniente. As transações são seguras, uma vez que suas informações constam em códigos criptografados, sendo praticamente impossível corrompê-los.

O maior problema para os especialistas pode estar na execução dos projetos de construção das usinas. Por isso, é preciso conhecer a confiabilidade da companhia envolvida por traz dos empreendimentos de geração de energia. A experiência e boa reputação podem ser bons diferenciais de valorização das emissões das criptomoedas atreladas à geração de energia. 

Texto: Thaís Botelho

Foto: Unsplash

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