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6 lições de inovação com startups da Leroy Merlin

Afinal, o que define uma empresa inovadora? A capacidade de gerar novos produtos e soluções? Ou a busca constante e sistematizada de processos mais eficientes, com cabeça aberta para o que acontece no mercado? Embora só tenha estruturado formalmente sua área em 2016, a Lerou Merlin está jogando forte no segundo time.

“As pessoas têm um certo preconceito com a inovação incremental, mas ela é tão importante quanto a disruptiva”, enfatizou o head de inovação da Leroy Merlin, Charles Schweitzer, durante o Fórum CFO Club realizado pelo Experience Club em 6 e 7 de junho no Sofitel Guarujá Jequitimar.

Falando para 140 executivos de liderança em finanças, Schweitzer detalhou o case da empresa, mostrando o empenho em estimular melhores prática internas, enquanto busca ajuda de fora. Trabalhando com duas aceleradoras ao mesmo tempo, a Leroy Merlin se relacionou com 51 startups, que atuaram em todas as áreas de negócios.

No front interno, a rede chega em agosto ap seu 4º Fórum de Inovação, que desta vez não será mais restrito aos funcionários da companhia. Outras empresas podem acompanhar e clientes terão oportunidade de sugerir inovações para o varejo de casa e construção.

Schweitzer ressalta que, em 2018, o primeiro lugar foi dado ao colaborador de uma loja em Bangu, no Rio, que sugeriu delegar a um líder a braçadeira de “capitão” com uma missão clara: cuidar 100% do tempo no entendimento ao cliente, nada mais. “Os índices de satisfação aumentaram muito, assim como o engajamento da equipe. Isso é uma prova de como a inovação não quer dizer somente tecnologia”, reforça o head da companhia. 

Para as empresas interessadas em avançar no ecossistema de startups, Schweitzer três passos que são sequenciais, segundo ele:

1-Aprender. É o momento de sair do escritório e se relacionar com startups, participando de eventos em incubadoras e os hubs que movimentam o ecossistema.

2-Inovar. É o momento de colocar a inovação em prática no dia a dia, recebendo, criando e testando projeto.

3-Investir. Quando entra a fase de aportar recursos na startup, seja com venture capital, aquisição direto ou alguma das várias modalidades que existem no mercado.

A Leroy Merlin ainda não fechou nenhuma aquisição formal, mas Schweitzer ressalta que já há startups girando contratos de “alguns milhões”, uma prova de como o conceito pode ser bastante favorável ao negócio. 

Mas inovar de maneira sistemática dá trabalho e exige foco permanente. Dessa rica experiência, a Lery Merlin sintetizou uma lista de 6 aprendizados muito úteis para qualquer empresa que deseje trabalhar nesse modelo:

1-Não perca tempo montando um modelo perfeito de área para inovação. Você precisa se lançar nisso e testar a profundidade do rio com os dois pés na água.

2-Melhore a forma de fazer negócios. Usar os mesmos processos de compras e prazos que a empresa usa com fornecedores tradicionais pode matar a startup antes de iniciar trabalho. Exigir contratos milionários de sigilo de informação também só vão engessar a relação.

3-Densidade gera serendipidade. Em outras palavras, é preciso ouvir muitas empresas para conectar dois pontos que aparentemente não têm relação e depois se tornam até óbvios. Exemplo: a parceria do Sem Parar com o McDonald’s para o pagamento nas lojas drive-thru.

4-Encontrar boas soluções é só o começo. Se a companhia não delegar um padrinho para cuidar da startup, ela não vai conseguir se desenvolver.

5-É preciso engajar o corpo de executivos e tomadores de decisão o máximo possível.

6-Os resultados não são de curto prazo, mas o importante é ter formas concretas de mensuração para demonstrar a evolução do investimento.

Texto: Arnaldo Comin

Imagens: Marcos Mesquita/Experience Club e Unsplash

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