Algumas semanas atrás comentamos por aqui como a gigante chinesa do fast fashion Shein está montando um escritório no Brasil. Mesmo sem operação local, a companhia já fatura cerca de R$ 2 bilhões no país por ano, de acordo com estimativas do BTG Pactual. E a operação local certamente reforçará a atuação da empresa por aqui.
E notícias recentes dão conta de que a Shein pode desembarcar no mercado brasileiro ainda mais forte. A Bloomberg informa que a empresa está fazendo uma nova rodada de captação de recursos e quer estabelecer seu valor de mercado em impressionantes US$ 100 bilhões.
Para se ter uma ideia, caso o novo aporte ocorra nessas condições, a empresa teria valor de mercado similar à SpaceX e, entre empresas de capital fechado, ficaria apenas atrás das também chinesas Bytedance (US$ 180 bi) e Ant Group/Alibaba (US$ 120 bi).
O atrativo da Shein, além dos preços baixos das peças, é o que analistas chamam de “real time” fast-fashion. A varejista produz novas roupas em um ritmo alucinante, usando o pulso das redes sociais e um algoritmo que vasculha a internet para descobrir quais itens de moda estão sendo mais comentados pelos usuários.
Renner compra logtech e reforça ‘última milha’
A Lojas Renner anunciou ontem a compra da logtech Uello, focada em serviços de entrega expressa e gestão de logística para médias e grandes empresas. Com a aquisição, a Renner vai controlar pela pela primeira vez suas entregas na chamada ‘última milha’, reduzindo prazos, melhorando a experiência do cliente e cortando custos.
A Uello hoje tem uma operação focada em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais – e um plano de expansão agressivo, que a Renner vai financiar. A empresa também vende seu software como serviço para clientes como a própria Renner, a Enjoei e a Polishop.
Ao Brazil Journal, o CEO da Renner, Fabio Faccio, disse que a empresa pretende fazer investimentos na Uello de forma que ela passe a atender também as entregas de longa distância. Hoje, a Renner faz 45% de suas entregas de e-commerce em até 2 dias. A companhia quer aumentar este percentual para 80% ao longo dos próximos dois anos.
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Meet the new boss
Comentamos aqui ontem a ‘bomba’ que foi a compra de 9% das ações do Twitter por Elon Musk, anunciada na última segunda-feira. E logo após o anúncio já começa a ficar claro que o ‘Tony Stark da vida real’ não vai ficar só olhando o valor das ações. Ontem o Twitter informou à SEC que Musk terá uma vaga no conselho da empresa até 2024.
O entusiasmo de Musk com a nova função indica que ele deve “chegar chegando”. Ontem mesmo ele já publicou em sua conta que “está animado para trabalhar com equipe do Twitter para fazer melhorias relevantes nos próximos meses”. Musk ainda publicou uma enquete perguntando se os usuários gostariam de um botão para editar os tuítes, um recurso já debatido há anos, mas nunca implementado.
A simples chegada de Musk fez as ações do Twitter dispararem e analistas aguardam com expectativa os próximos passos da empresa. Mesmo não sendo CEO nem presidente do conselho, a expectativa é que Musk se torne uma voz muito influente e potencialmente decisiva no futuro da empresa. À CNBC, um consultor disse que agora “é pegar a pipoca e aguardar os acontecimentos com Musk no conselho”.
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