Casos de empresas estrangeiras que compram startups brasileiras têm sido cada vez mais comuns nos últimos anos. Mas o contrário ainda é uma raridade. E é neste segundo caso que está a mineira Rock Content. Nome referência em marketing de conteúdo, a empresa acaba de anunciar a compra da americana WriterAcess, informa o Startups.
A empresa americana tem uma plataforma de freelancers especializados em marketing e conteúdo, e conecta os profissionais a empresas interessadas em serviços deste segmento. O valor da transação não foi divulgado.
Para a Rock Content, a força da plataforma da WriterAccess é oferecer ferramentas de trabalho para execução de estratégias de conteúdo usando IA e algoritmos. Por exemplo, um dos recursos do sistema da WriterAcess é o de analisar a linha de comunicação utilizada pela marca e indicar os redatores mais adequados.
“Hoje atendemos clientes de médio e grande porte. Com sua plataforma, a WriterAccess consegue atender muitos clientes de pequeno porte. É uma maneira de chegar em novos clientes, e depois vamos escalando na suíte de serviços”, avalia Diego Gomes, CEO da Rock Content.
A compra da WriterAcess também abre novas frentes na área de educação de marketing e eventos. A WriterAccess é detentora da Content Marketing Conference (CMC), evento global que agora será a conferência oficial da Rock Content.
Agrosmart levanta US$ 20 milhões
A Agrosmart – agtech que usa sensores e algoritmos para aumentar a produtividade de fazendas – anunciou nesta semana um aporte de US$ 20 milhões, informa o Valor.
Fundada em 2014, a startup começou sua trajetória com um sensor climático que ajudava a economizar água em lavouras. Atualmente com cerca de 100 mil agricultores em sua base, a empresa usa sensores meteorológicos, algoritmos e cruzamento de dados para prever o clima em uma determinada região e recomendar níveis de irrigação em lavouras, entre outras funções. A sofisticação da solução atraiu clientes do porte de AB InBev, Cargill e Raízen.
Impulsionada pelo aporte, a Agrosmart prepara sua entrada no setor financeiro, com cartão de crédito e carteira digital voltada para produtores rurais.
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naPorta traz entregas de e-commerce para áreas carentes
Cerca de 17 milhões de brasileiros moram em favelas, segundo dados de 2021 do Instituto Locomotiva. É uma população que, de modo geral, não conta com os serviços de entrega que se tornaram muito populares em áreas mais nobres das grandes cidades brasileiras.
Foi para tentar diminuir este tipo de desigualdade que o empreendedor Sanderson Pajeú fundou a naPorta, uma startup que trabalha no setor de última milha e atualmente opera no Rio de Janeiro. Reportagem da Bloomberg mostra que, mesmo tendo sido lançada há apenas um ano, a startup já começa a mudar a rotina de algumas comunidades.
Por meio de parcerias com a plataforma de logística OneDoor e grandes varejistas – como Renner e Riachuelo – a naPorta passou a permitir que moradores de favelas recebam entregas de vários serviços de e-commerce. Os moradores também são estimulados a participar. Todos os entregadores e líderes operacionais da empresa são obrigatoriamente moradores da região de entrega.
“O morador é alguém que cresceu e vive a realidade daquela região diariamente. Ninguém melhor do que os próprios moradores para conhecerem cada viela, cada beco, cada rua que, hoje, a gente pode não ter mapeado”, diz Sanderson.
Para este ano, o plano da naPorta é ampliar sua atuação no Rio de Janeiro e passar a operar também em São Paulo.
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