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Os quatro pecados da infelicidade no trabalho

Foram 20 anos de atuação no mundo corporativo, numa carreira meteórica em uma das maiores empresas de telecomunicações do Brasil, que deram o estofo para que a empresária Érika Linhares criasse a sua consultoria, a B-Have. A empresa apoia corporações e funcionários a lidarem com as “dores” do mundo corporativo através de uma metodologia própria desenvolvida pela especialista que tem como foco a transformação do mindset.

Pedagoga por formação, Érika acredita que o sucesso dos negócios passa necessariamente pelo comportamento das pessoas. Foi por este motivo que em 2018, ela deixou o cargo de Diretora Nacional de Vendas da TIM para lançar sua empresa junto ao movimento #NoMiMiMi, que tem como propósito levantar a bandeira de que o comportamento é o que impede organizações e funcionários de crescerem. “Nos países de ponta, já se compreendeu a importância do comportamento humano. Ignorar isso, significa prejuízos para os negócios. Estima-se uma perda de US$ 40 bilhões por improdutividade no Brasil”, afirmou a pedagoga, citando dados da Endeavor. Nos Estados Unidos, segundo a consultoria Gallup-Healthways, o custo de um funcionário infeliz pode superar US$ 300 bilhões.

Érika falou na tarde de quinta-feira, dia 10 de outubro, para um grupo de 120 diretores de gestão de pessoas de grandes empresas no RH Lab realizado pelo Experience Club na Casa Charlô, em São Paulo. Para ela, faltam lideranças no país e o custo disso é enorme. Ela acredita que é preciso investir na educação das pessoas e em sua formação. “Há uma preguiça em educar. Isso traz um prejuízo enorme para as organizações porque demitir uma pessoa custa caro. Leva-se em torno de 4 meses para treinar uma nova pessoa até que ela rode da forma como se espera”.

Para promover uma mudança cultural nas organizações, ela propõe atacar quatro pecados da infelicidade no trabalho:

1.Vaidade. Ninguém faz nada sozinho. Todas as peças são importantes para obter resultados exponenciais. “É por isso que muitos CEOS estão adoecendo, por acharem que somente eles são capazes de endereçar os problemas de suas organizações”.

2.Empatia. A inteligência coletiva é soberana. Por isso, é importante trabalhar com a diversidade e respeitar as histórias e trajetórias de cada um. “É um exercício difícil, então, a minha dica é: comece por você”.

3.Dissimulação. O debate é rico. É preciso aprender a ouvir um “não”. “A dissimulação traz prejuízos para os negócios”. 

4.Reatividade. Um ambiente opressor e cheio de medos molda profissionais reativos. “Se as pessoas não podem errar, elas não irão inovar”.

Texto: Luana Dalmolin

Imagens: Marcos Mesquita | Experience Club e Unsplash

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