Doações de orgânicos alimentam famílias e geram renda para produtores rurais
A plataforma de alimentação saudável Orgânico Solidário nasceu em plena pandemia a partir da preocupação com o número alarmante de brasileiros em situação de insegurança alimentar que hoje chega a quase 20 milhões.
Organizado sob a forma de um fundo filantrópico gerido pela Sitawi Finanças do Bem e implementado por uma rede de parceiros, a iniciativa leva alimentos orgânicos para famílias em situação de vulnerabilidade social, envolvendo uma rede de mais de 100 agricultores que tem sua produção e renda estimuladas.
A cada R$ 50 reais doados, uma cesta composta por 14 itens de alimentos frescos (frutas, verduras e legumes) é montada e distribuída para comunidades espalhadas em 5 estados brasileiros (São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná e Goiás). O negócio, que começou com 150 entregas por semana, contabiliza R$ 3,5 milhões em doações, 75 mil cestas entregues para mais de 80 comunidades, mais de 30 organizações sociais parceiras e conta com mais de 30 empresas e instituições apoiadoras.
“As iniciativas de doação se acomodaram com cestas secas, que atende emergência, mas tem um valor nutricional baixo. São basicamente produtos ultraprocessados e farináceos. Além da questão alimentar, há uma agenda importante neste contexto que é o fato de estarmos deixando de ser um país produtor de alimentos para ser exportador. O agronegócio é um business de incentivo e não de alimentação. Por isso, é importante fortalecer o pequeno produtor rural e dar a ele recorrência de compra”, explica o empresário Aziz Camali Constantino, cofundador da plataforma.
O modelo é baseado em doações financeiras, mas não se encerra nisso. As empresas podem se associar com serviços ou ações de mobilização. É o caso da Klabin, que faz as doações de caixas de papelão onde as cestas são embaladas, da PagSeguro, que zerou as taxas para as doações, e do iFood, que disponibiliza um espaço para doações no momento de finalização dos pedidos. Negócios como Fazenda da Toca e a varejista Novo Mundo também estão entre os parceiros.
Para fazer doações avulsas ou recorrentes, é só acessar o site do Orgânico Solidário.
MaxMilhas abraça movimento interno contra a violência doméstica
A partir de um caso de violência doméstica vivida por uma colega de trabalho, as funcionárias da empresa de viagens MaxMilhas criaram, em agosto de 2021, a Brigada MaxMinas. O objetivo principal do coletivo é difundir informações sobre o assunto, dentro e fora da empresa. O grupo é formado por 19 mulheres e ganhou apoio institucional da empresa, que promoveu treinamentos sobre direito trabalhista, penal e vara da família, além de oferecer capacitação para orientar e acolher em casos de violência contra a mulher. Dessas ações, surgiu a cartilha “Por uma vida livre de violências”, que traz informações sobre os perfis dos agressores e sobre como quebrar o ciclo de violência.
Abraço Cultural: plataforma online tem cursos de idiomas com professores refugiados
O embrião do que viria a ser o Abraço Cultural, plataforma de cursos de idiomas (árabe, espanhol, francês e inglês) e cultura ministrados por professores refugiados, surgiu em 2014 por ocasião da Copa do Mundo e da Copa dos Refugiados. Sete anos depois, o negócio que até o momento pré-pandemia era 100% presencial com uma unidade em São Paulo, ganhou uma plataforma de cursos online e uma nova sede, no Rio de Janeiro.
Essa ampliação para o online permitiu ao projeto atender alunos de outros 13 estados, entre eles Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Roraima, além de Portugal e Canadá. Desde a fundação, o Abraço Cultural já gerou mais de 3 milhões de reais em renda para mais de 100 refugiados (hoje são 34 contratados de 13 nacionalidades), que se tornaram professores do projeto, e impactou mais de 5 mil alunos. Além dos cursos regulares, é possível fazer cursos particulares e para as empresas há programas in company.
Três perguntas
Diego Barreto, CFO e VP de Estratégia do iFood (de volta da licença paternidade)
Por que o iFood implementou a licença paternidade de 60 dias?
Há dois anos um funcionário voltou de sua licença paternidade de sete dias e teve a coragem de dizer que aquilo não fazia o menor sentido, que a vida dele e da esposa estava um caos. Nós internalizamos essa discussão e em menos de dois meses implementamos a licença de 60 dias para os pais. Essa agilidade na tomada de decisões é típica de empresas da nova economia. Se faz sentido, nós testamos, ajustamos e implementamos, sem burocracias desnecessárias.
Qual é o impacto de uma decisão dessas para o negócio?
Com um clima melhor, você produz melhor, você dá algo a mais, topa aquele momento mais difícil. Outro impacto direto é na atração e retenção de talentos. Um diferencial como esse não é qualquer coisa, isso impacta na vida de uma pessoa num ciclo de cinco, seis anos. Faz ela querer viver essa experiência aqui.
Nós não nos pautamos nos modelos de outras empresas necessariamente. Acreditamos que olhar para o lado é fazer mais do mesmo. Eu só consigo me diferenciar se eu olhar para os meus valores. Quando você quer fazer um movimento disruptivo, você tem que tomar a dianteira. Só faz sentido olhar para fora, quando há uma comunhão entre momento e valor.
Como foi a sua experiência com a licença paternidade?
Tenho três filhos, o Felipe, de oito anos, vem do meu primeiro casamento. Com a minha atual mulher, a Carol, eu tenho a Olívia, de três anos, e o Pedro, que está agora com quatro meses. Então com meus dois últimos filhos, eu vivi este contraste. No caso do Pedro, eu fiquei responsável pelas mamadas da madrugada, das três da manhã. Isso significa que durante 60 dias a Carol pôde dormir de uma forma mais decente, o que tem um impacto direto na saúde física e mental dela. Ela era uma pessoa exausta na época em que a Olívia nasceu e agora ela é uma pessoa cansada.
O segundo ponto é que eu me tornei uma pessoa mais empática. E o terceiro ponto é que ela pôde acelerar a volta dela para uma rotina de autocuidado, como voltar a fazer exercícios. Quando eu voltei da minha licença, o Pedro já estava dormindo cinco horas direto. Ou seja, as mamadas passaram a ser mais espaçadas também. Hoje, eu tenho muito mais consciência do que devo fazer e não esperar que ela me diga o que fazer.
Always cria primeira aceleradora social focada em pobreza menstrual no mundo
A marca de cuidados íntimos Always, da fabricante de bens de consumo P&G, se uniu à Aceleradora P&G Social para criar a primeira Aceleradora Social focada em pobreza menstrual (quando não há insumos básicos para a higiene durante a menstruação) do mundo.
A Aceleradora Social de Always se junta a parceiros estratégicos para apoiar 4 instituições não-governamentais pelo Brasil, que receberão R$ 50 mil cada para o desenvolvimento de projetos que apoiam pessoas em vulnerabilidade menstrual. Cada uma das 4 ONGs selecionadas também receberá 100 mil absorventes Always e mentoria do time de liderança da P&G para desenvolvimento durante o ano de 2022.
As inscrições vão até o dia 28 de abril, e o resultado estará disponível no site e nas redes da marca em até 60 dias após o encerramento das inscrições.
Quarta edição do BTG Soma, programa de aceleração, será focado em meio ambiente
O BTG Pactual lançou sua quarta edição do BTG Soma, programa de aceleração de organizações da sociedade civil. Desta vez, o foco será o meio ambiente: serão selecionadas dez organizações que atuam na conservação dos biomas Pantanal, Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia. A jornada de aceleração, 100% online, irá apoiar as organizações selecionadas sobre aspectos de liderança e gestão, sustentabilidade financeira e expansão de impacto. Serão 54 horas de encontros e mentorias com especialistas da área e com voluntários do BTG Pactual.
No total, haverá três meses de acompanhamento online e capacitação. Além disso, o programa contará com um comitê social, formado por nomes como o empresário e fundador do Instituto Atá, Alex Atala; Malu Nunes, diretora executiva da Fundação Grupo Boticário; e Alexandre Bossi, investidor, presidente da SOS Pantanal e vice-presidente da Onçafari, que irão apoiar na análise das organizações e estratégias traçadas para o BTG Soma Meio Ambiente. As inscrições estão abertas até o dia 31 de março.
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