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Onde estão os ídolos brasileiros?

Ricardo Natale

Nesta segunda-feira, dia primeiro de maio, completam-se 29 anos da morte de Ayrton Senna. Mais do que um grande campeão de um esporte, Senna foi um grande ídolo brasileiro, levando nossas cores com orgulho mundo afora. E tanto adultos quanto crianças, famílias inteiras, se emocionavam nas manhãs de domingo vendo pela TV o nosso campeão dar a volta no autódromo segurando a bandeira do Brasil. Era como se, ao fazer isso, ele carregasse o país inteiro com ele, mostrasse ao mundo que o Brasil tinha sim, do que se orgulhar.

Senna morreu em um acidente no GP de San Marino, em Ímola, na Itália, em primeiro de maio de 1994, aos 34 anos. O Brasil ficou em silêncio naquele domingo.

Mas a importância de Senna para os brasileiros vai além dos feitos no esporte.

Num momento da história em que tínhamos mais problemas reais do que hoje, ele nos fazia sentir importantes. Elevava a nossa autoestima. Nos fazia pensar que éramos capazes de realizar coisas.

E fazia isso com simplicidade, sem discurso: simplesmente acenando com a bandeira brasileira na janela do seu carro. Uma atitude de generosidade, de dividir com o país o seu momento de vitória. Vitórias que conquistava com aparente facilidade, mas não sem esforço. Foi o primeiro piloto de F1 a se comportar como atleta, realizando uma preparação física rigorosa. Ao mesmo tempo, sabia muito de mecânica e participava, junto com a equipe técnica do desenvolvimento dos carros.

Ou seja, tudo o que conquistou foi com muito trabalho e dedicação, com uma visão 360 do que é a carreira de piloto e usando a sua influência de forma positiva. O seu desejo de fazer alguma coisa pela educação foi atendido com a criação por sua família, após a sua morte, do Instituto Ayrton Senna, gerido pela irmã, Viviane Senna.

Era, na verdade, uma inspiração.

E é sobre isso, na realidade, que eu quero falar. Você já pensou sobre os ídolos que temos hoje? Ou sobre a ausência deles? O que isso nos diz sobre os valores da nossa sociedade? Que exemplos estamos seguindo?

Será que não estamos sentindo falta de exemplos positivos para mostrar aos nossos filhos? Pessoas com coragem de mudar a realidade, melhorar o mundo em que vivemos. Que nos ajudem a pensar grande, além do nosso alcance imediato.

Pensar nessa linha do tempo, nessa continuidade, é importante não apenas nos negócios, mas em todos os aspectos da vida. Que exemplo estamos dando às pessoas à nossa volta e que legado estamos construindo para as novas gerações?

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