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O futuro da educação é tecnológico, inclusivo e socioemocional

A Ânima é hoje um dos maiores grupos educacionais privados do país, com mais de 100 mil alunos espalhados em sete estados (São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Goiás, Paraná, Bahia e Sergipe). A história da empresa, criada em 2003, remonta a um cenário em que apenas 4,4% da população brasileira estavam na universidade, como contou o sócio-fundador da Ânima, e hoje presidente do Conselho, Daniel Castanho, no Fórum CEO Brasil 2019.

Daniel, que já era empreendedor, viu ali uma oportunidade. A primeira instituição de ensino privada do grupo foi a Una, de Minas Gerais. “A instituição estava completamente quebrada. Faturava R$ 30 milhões e devia R$ 35 milhões. Brinco que começamos no menos R$ 35 milhões”. 

Hoje, a Una tem 40 mil alunos, está entre as 100 melhores do ranking da GPTW (Great Place to Work) há sete anos e figura entre as 10 melhores empresas para as mulheres trabalharem no Brasil. Histórias muito semelhantes aconteceram com outras instituições que a Ânima assumiu, como a Unimonte de Santos, hoje São Judas campus Unimonte, e a UniBH. O grupo tem ainda em seu portfólio a HSM, uma plataforma de educação executiva e conhecimento, e a renomada escola de gastronomia, Le Cordon Bleu. 



A trajetória bem-sucedida da Ânima passa por uma cultura inovadora, pela qual já foi reconhecida. Em 2017, o grupo foi eleito como uma das três empresas mais inovadoras no setor de serviços pelo jornal Valor Econômico. Daniel conta que há algumas regras petras na Ânima: incentivo ao conflito de ideias; não há barreiras para comunicação: qualquer pessoa está autorizada a falar com quem quer que seja. 

Incentivamos o erro honesto, arcamos com os custos disso, damos apoio para que as pessoas arrisquem com o nosso CNPJ. Em uma reunião, por exemplo, digo que não entram cargos, ou seja, todo mundo pode falar o que quiser”. 

NOVA EDUCAÇÃO

O interesse de Daniel pela Educação vai além dos negócios. Filho de diretor de escola de Araraquara, ele vê seu papel neste setor muito mais como uma missão. Pelo grupo Ânima, ele atua junto ao Instituto que está viabilizando uma capacitação para 700 professores da rede pública do estado de São Paulo, que receberão seus certificados diretamente da Finlândia.

Uma das questões centrais para ele é trabalhar para diminuir o fosso que existe entre a educação pública e a privada no Brasil.

Nós ainda seremos repugnados por nossos netos e tataranetos por convivermos hoje com dois tipos de escola: uma para os nossos filhos e outra para os demais”.

Em sua opinião, o uso da tecnologia deve ser direcionado para incluir, romper barreiras e “conectar as pessoas para construirmos um futuro que faça sentido para todos”. Há alguns anos, ele investe e se tornou sócio da Lumiar, uma escola que foi reconhecida pela Unesco e pela Microsoft como uma das mais inovadoras do mundo. A escola está hoje nos Estados Unidos, Nigéria e Hungria e, em breve, abrirá uma flagship no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Mais do que uma escola, com a Lumiar está em andamento um projeto que ele define como Global Learning Village. 

Outro investimento recente em educação foi a aquisição da Escola Castanheiras, de ensino Fundamental e Médio, que fica em Alphaville, São Paulo, onde seus filhos estudam. “Quero influenciar e ajudar a transformar a educação em diferentes frentes. A vida vale não pelo que somos, ou temos, mas pelo que deixamos”. É o tal legado. 

Texto: Luana

Imagem: Marcos Mesquita/ Experience Club

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