O termo surgiu em 2016 com o livro Organizações Exponenciais, de Salim Ismail, co -fundador da Singularity University. Massive Transformative Purpose (MTP) vem sendo tratado como uma nova fronteira para a compreensão do potencial das organizações e sua capacidade de engajamento interno e externo para causa que vão muito além do que uma empresa produz ou comercializa.
“O MTP é uma proposta de valor que se procura não só a dar razão para um negócio, mas para mudar o seu país ou até mesmo fazer algo melhor para o mundo”, afirma o CEO da HSM, Guilherme Soarez. “Qual é o MTP da sua empresa?” foi o tema da apresentação inspiradora que o executivo fez no RH Week, realizado pelo Experience Club nos dias 21 e 2 de maio de 2018 no Sofitel Jequitimar Guarujá (SP), para um público 120 diretores de RH e executivos de recursos humanos que, juntos, somam um universo de mais de 800 mil colaboradores empregados no Brasil.
Não é missão
Guilherme deixa claro que o MTP é uma causa maior, externa, que não se limita à missão de negócios tradicionalmente pré-estabelecida pelas organizações. Para definir o seu MTP, a empresa deve primeiro fazer 4 perguntas-chave:
1-O que é (o propósito)
2-Para que ele serve
3-Como eu chego até lá
4-E o que eu tenho a ver com isso?
A quarta questão, destaca o CEO da HSM, mostra o empenho e capacidade de engajamento de uma proposta de transformação massiva. “Não podemos obrigar que todas as pessoas tenham o mesmo propósito na vida, ou dentro de uma empresa, mas se esse propósito é forte o bastante, os colaboradores vão querer fazer parte desse projeto”.
Por mais complexo e distante que seja o próposito, Guilherme pontua quatro pontos de grande poder transformador do MTP :
1-Dá mais coerência e foco nas ações da organizações
2-Canaliza o foco para o espaço externo numa causa maior e reduz os conflitos internos
3- Atrai os talentos do mercado para a sua causa
4- Favorece a agilidade e uma cultura de aprendizado
“Para que funcione, o MTP precisa visar algo prático, que vá impactar diretamente a vida das pessoas e, mais importante: a sua empresa precisa ter convicção do que está fazendo”.
Texto: Arnaldo Comin
Foto: Marcos Mesquita/Experience Club