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Liderança Consciente: o método Riachuelo de gestão

Todo ambiente de trabalho é composto de pesos e contrapesos, que podem despertar o desejo e inspiração para estar ali, ou desencadear uma cultura de pensamento negativo e desmotivação. Quando se trata de uma rede com mais de 70 anos de mercados e 40 mil colaboradores, qual é o segredo para manter o time empenhado e feliz, do chão da fábrica até a loja no shopping?

Esse foi o tema da apresentação do Diretor Executivo de Gente e Gestão da Riachuelo, Mauro Mariz, convidado especial do RH 2030 realizado pelo Experience Club na quinta-feira, 09.05. O Encontro contou com a presença de mais de 30 diretores e recursos humanos em almoço na suíte presidencial do Hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo.

Adepto da meditação e trazendo uma visão abrangente das relações humanas no trabalho, Mariz destacou a importância do equilíbrio no gerenciamento de grandes equipes, que inevitavelmente geram conflitos de igual tamanho. Sobretudo em um momento de aceleração da tecnologia. “É muito difícil saber até onde os avanços tecnológicos vão nos levar, mas eu vejo que o mais importante nesse processo é entender o papel das pessoas e sua velocidade de adaptação nesse processo”.

Para estabelecer processos assertivos de gestão para uma organização muito verticalizada, que vai desde a confecção de roupas até a venda massiva no varejo on e off-line, a Riauchelo mergulhou nas teorias de liderança. Mariz destaca a enorme influência recebida por ele e pelo presidente do conselho, Flávio Rocha, do físico israelense Eliyahu M. Goldratt. Da ciência, o autor aplicou ao mundo dos negócios a sua Teoria das Restrições (TOC, do inglês Theory of Constraints) para gerenciamento de conflitos de gestão. A teoria ficou famosa pela publicação do livro seminal A Meta (1984), depois recompilada em uma versão mais atual em A Escolha (2014).

Desse estudo – que rendeu uma imersão dos dois executivos em Israel com o autor – a Riachuelo desenvolveu seu método composto de quatro dimensões:

Liderança Consciente

1 – Simplicidade Inerente (Qualquer sistema complexo será governado sempre por poucas regras).

2 – Dilemas (Qualquer dilema pode ser resolvido se desafiarmos suas premissas básicas através do processo de pensamento científico).

3 – Harmonia (Culpar o outro não traz soluções efetivas; as pessoas são sempre boas, por isso é sempre possível encontrar uma solução ganha/ganha).

4 – Potencial Inerente (Não acredite que você já sabe tudo, qualquer situação pode ser melhorada substancialmente).

“O pensamento da liderança consciente parte do princípio de que todos os conflitos e desafios partem do entendimento entre o Eu, o Nós e o Todo”.

Para Mariz, nesse processo o mais importante é o ponto de partida: definir com clareza – e humildade, muitas vezes – o propósito da organização. E a partir daí, cobrar comprometimento mantendo a própria palavra como gestor. A relação requer transparência para que a organização seja capaz de atingir seu objetivo de transformação.

Texto: Arnaldo Comin

Fotos: Marcos Mesquita/Experience Club

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