O Grupo RIC – companhia paranaense de mídia que, entre outros negócios, é retransmissora da Record e da Jovem Pan no estado – anunciou ontem a criação do Quintal Ventures. A iniciativa é um CVC para investimentos em startups com montante inicial de R$ 10 milhões.
A ideia inicial é dividir este valor em cerca de dez startups ainda em estágio bem inicial de desenvolvimento. Além dos recursos financeiros, os aportes da Quintal vão incluir espaço de publicidade nos diferentes canais da RIC, formato conhecido como media for equity.
O plano é buscar negócios que possam crescer suas bases de usuários com a ajuda da audiência das diferentes publicações do grupo. “Um marketplace de serviços de saúde, uma farmácia online com preço acessível. São projetos que fariam sentido anunciar nas mídias do grupo, teria bastante tração? A medida é o quanto consegue alavancar de vendas”, diz ao Startups André Pamplona, head de inovação do grupo RIC e gestor da Quintal.
Ele destaca que um projeto em estágio inicial costuma usar de 30% a 50% dos recursos de uma rodada em marketing, sendo praticamente tudo aplicado em mídia digital. Com o aumento da competição e a redução da eficiência dessas mídias, André avalia que ter acesso aos diferentes meios do grupo RIC pode ser uma vantagem para uma startup.
Antler chega ao Brasil
Em um momento em que vários fundos estão reduzindo seus investimentos em startups, uma gestora baseada em Singapura está no caminho oposto. O fundo Antler, criado em 2017 e com histórico de mais de US$ 500 milhões já investidos em startups de todo o mundo, está prestes a desembarcar no Brasil.
Segundo o Neofeed, a operação brasileira é liderada pelo executivo Marcelo Ciampolini e já tem escritório em São Paulo. Ele tem como primeira tarefa começar a captação de um novo fundo de US$ 50 milhões com investidores brasileiros e internacionais.
“Queremos investir em pessoas que têm boa formação e trabalharam em uma big tech, no mercado financeiro ou em uma grande corporação e querem empreender, mas não sabem por onde começar”, diz Ciampolini, ao NeoFeed.
Segundo o executivo, o plano é investir em empreendedores em estágio bem inicial através de um programa de formação similar ao usado pela já conhecida Y Combinator. Para isso, o fundo deve atrair pessoas com potencial de se tornarem empreendedoras através de cursos de formação.
No Brasil, o primeiro curso vai acontecer em setembro. Com duração de quase três meses, a ideia é avaliar os candidatos e ajudá-los a encontrar cofundadores e desenvolverem ideias que podem se tornar uma startup. Nessa primeira seleção, a meta é atrair 80 pessoas para que possam ter 40 ideias (startups) para serem apresentadas ao comitê de investimento.
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Rapyd quer fintech brasileira
Uma das startups de crescimento mais rápido de Israel, a Rapyd está de olho no mercado da América Latina e estuda a aquisição de uma fintech brasileira para ampliar suas operações no continente, informa a Bloomberg. A companhia, que atua na área de pagamentos digitais, tem valor de mercado de US$ 15 bilhões.
Com o cenário macroeconômico mais avesso a risco e a queda global da valorização de startups, a Rapyd avalia que este pode ser um momento interessante para uma compra. “A aquisição é nossa maior prioridade no Brasil, que está entre os três principais mercados nos planos da companhia”, diz à Bloomberg Ximena Azcuy, diretora de parcerias nas Américas da Rapyd.
A Rapyd tem uma plataforma que unifica cerca de 900 métodos de pagamento em todo o mundo e pagamentos locais em mais de 200 países. É um mercado disputado também por nomes como a gigantes Stripe, fundada por Jack Dorsey, a brasileira Ebanx e o uruguaio dLocal.
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