O objetivo do FUA é beneficiar agricultores com produção sustentável
No Brasil, metade da área produtiva é ocupada por 1% dos proprietários rurais, e apenas 2,3% de quem planta são pequenos agricultores. Ou seja: muita terra nas mãos de pouca gente. Justamente com o propósito de repensar os modelos vigentes de uso e acesso à terra, nasceu o FUA – Fundo Agroecológico.
Por meio de doações, o objetivo do fundo é adquirir propriedades que serão registradas em nome de uma associação sem fins lucrativos que faz contratos de arrendamento em termos justos com agricultores agroecológicos.
Desde março de 2021, quando o fundo foi lançado, o valor arrecadado em doações está em pouco mais de R$ 55 mil reais, ou 16,6% da meta para a compra da primeira propriedade.
O foco da iniciativa são os agricultores de Parelheiros, distrito rural localizado no extremo sul da cidade de São Paulo que concentra mais de 500 produtores. Em uma pesquisa feita entre 2019 e 2020, que deu origem ao livro “Acesso à terra para agricultura justa”, o FUA observou que muitos dos agricultores da região não são donos da terra, mas arrendatários, e lidam com a insegurança fundiária, que é hoje um dos maiores problemas, como explica Cíntia Marcucci, jornalista e pesquisadora de alimentação.
“Alguns deles sequer possuem um contrato formalizado e os que têm são contratos de um a três anos, em sua maioria, o que é um período curto para a agricultura. Isso acarreta em uma restrição no tipo de plantio”. Cíntia integra o trio de mulheres que hoje estão à frente do FUA, ao lado da ecóloga Anita Valente da Costa e da gestora de projetos ambientais Izabela Alves Borba.
O FUA possui uma rede composta por sete famílias parceiras da região de Parelheiros. São elas que produzem os alimentos para as cestas que são entregues quinzenalmente para um grupo de consumo piloto, que mantém contato frequente entre si e com os próprios agricultores via Whatsapp e encontros presenciais.
São duas opções de cestas, uma com dez itens, que sai a R$ 750 reais, e outra com seis itens, que custa R$ 540 reais. Os valores valem para o plano trimestral. Entre os assinantes e participantes do grupo de referência, que constrói o fundo, está a chef e apresentadora Paola Carosella.
“Uma parte do valor da assinatura cobre o custo de logística, outra vai para o fundo de compra de terras e uma parte vai para os agricultores que recebem em média 30% a mais em comparação ao valor de mercado”, explica Cíntia. É possível colaborar mensalmente com o FUA pela plataforma Benfeitoria com valores que vão de R$15 a R$200 reais ou fazer colaborações pontuais.
Wakanda Educação traduz linguagem de negócios para empreendedores periféricos
Aos 27 anos, a baiana Karine Oliveira figurou na lista anual da Forbes Under 30 de 2020. Em 2021, ela esteve no programa Shark Tank Brasil e recebeu aporte da investidora Camila Farani. Todo esse reconhecimento se deu por conta da Wakanda Educação, empresa de impacto social criada por ela em 2018 com o objetivo de “traduzir” conteúdos técnicos de negócios para uma linguagem acessível a empreendedores periféricos. Com foco nas competências de gestão financeira, vendas e planejamento, a companhia já impactou cerca de mil microempreendedores desde a sua fundação.
A linguagem não é o único diferencial da empresa, mas também a capacidade de servir como ponte para unir mundos e integrar diferentes tipos de negócios. Além de educar os empreendedores, a Wakanda também fornece produtos sociais para grandes empresas que querem investir na economia local de comunidades que ficam no seu entorno.
Pride Bank é o 1º banco digital do mundo para comunidade LGBTQIA+
A fintech foi criada em 2019 e oferece os principais serviços financeiros para pessoas físicas e jurídicas, como conta digital, máquinas POS e cartão de crédito internacional pré-pago. Cofundada por Maria Fuentes, ativista e fundadora da Editora Neon e Revista Arco Íris, a startup se define como um banco digital com propósito social.
O Pride Bank apoia causas sociais por meio do Instituto Pride, que em parceria com a Welight – empresa de tecnologia social – desenvolve e acompanha a geração de impacto aos projetos apoiados.
Mercado Livre vai conectar 400 adolescentes brasileiras com a tecnologia
A segunda edição do Conectadas, programa gratuito e 100% online, está com as inscrições abertas até o dia 2 de maio para mulheres de 14 a 18 anos. A iniciativa é do Mercado Livre e realizada em parceria com a ONG {reprograma}.
Implementado desde o ano passado no Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Colômbia, México e Peru, o Conectadas, que já beneficiou 1,2 mil jovens latino-americanas, oferece uma imersão digital que totaliza 40 horas. Ao longo 16 encontros são abordados conteúdos de transformação digital, economia 4.0, sustentabilidade, design da experiência do usuário, análise de dados, desenvolvimento de projetos e negócios digitais, marketing e comunicação digital.
Durante o programa, as meninas contam com o acompanhamento de mentores do Mercado Livre e da {reprograma}. Em 2022, o Conectadas pretende atingir 1,4 mil meninas em sete países. No Brasil, serão 400 jovens, o dobro do ano passado. Meninas de escolas públicas têm prioridade e o programa espera ter pelo menos 50% de jovens pretas, pardas e indígenas.
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