O Facebook continua sendo a rede social mais popular do mundo e único app de mensagens instantâneas a ultrapassar a casa dos 2 bilhões de usuários em todo o globo. Mark Zuckerberg teria questões mais importantes para se preocupar, não fosse um (importante) detalhe: a plataforma de comunicação que é um ícone da era digital já não é mais a preferida entre crianças e adolescentes em vários mercados pelo mundo, começando pelos EUA.
Em levantamento publicado pelo portal Statista, especializado em estatísticas e pesquisas de mercado, a rede social aparece apenas na terceira posição com apenas 6% da preferência nos EUA entre os jovens de 12 a 17 anos, ficando empatada com o Twitter. A líder é o Snapchat, favorita para 46% dos americanos nessa faixa etária, seguida pelo Instagram, com 32%.
A pesquisa do Statista ainda traz dados interessantes sobre a relação dos adolescentes americanos com as redes sociais. O levantamento aponta que 92% dos jovens acessam a internet diariamente nos EUA, onde 56% dizem se conectar várias vezes ao dia e 24% ficam conectados quase que constantemente.
A preferência por redes sociais entre os mais novos também começa a mudar em países da Europa. No Reino Unido, levantamento anual realizado pelo órgão regulador de mídia Ofcom mostra a perda da liderança do Facebook entre os jovens de 12 a 15 anos é questão de tempo. Em 2014, 95% dos adolescentes britânicos usavam a rede social criada por Zuckerberg, índice que caiu atualmente para 72%. No mesmo período, o Instagram saltou da casa dos 35% para cerca de 65% nessa faixa etária, enquanto que o Snapchat passou de 26% para perto de 60%.
O estudo do Ofcom, realizado com 2 mil crianças e adolescentes, destaca também a penetração do Youtube entre os jovens britânicos de 12 a 15 anos: 89% deles assistem a rede social regularmente.
Ainda de acordo com o levantamento, 69% dos britânicos com 12 a 15 anos têm um perfil nas redes sociais, índice que é 18% na faixa etária entre 8 e 11 anos.
Nas estratégias das grandes empresas, uma das regras é compreender o comportamento de consumo dos jovens já que são eles que ditam as tendências do mercado. Sendo assim, o Facebook tem um grande desafio pela frente para manter a hegemonia entre as redes de relacionamento virtual nos próximos anos.
Texto: Fábio Vieira
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