E o cliente VIP virou dono do bar. Após semanas de vai-e-volta, o bilionário Elon Musk anunciou no fim da tarde a compra do Twitter por cerca de US$ 44 bilhões. Com a compra, que ainda depende da aprovação de autoridades financeiras dos EUA, Musk passa a deter todas as ações do Twitter e a empresa passa a ter seu capital fechado.
Em recente palestra, Musk disse que quer “destravar todo o potencial” do Twitter. O bilionário disse ainda que pretende divulgar os algoritmos em regime de código aberto e acabar com as contas de spam atualizadas por bots, entre outras ações.
Em recentes declarações, Musk também vem criticando as políticas de moderação de conteúdo do Twitter, afirmando que elas ferem a liberdade de expressão. Por isso, muita gente já está preocupada com a possibilidade de a plataforma se tornar ainda mais tóxica do que já é hoje (sim, isso é possível).
Analistas de mercado avaliam que Musk deve fazer mudanças radicais também no modelo de negócio do Twitter, hoje basicamente sustentado por publicidade e com baixa receita de alguns produtos pagos. Uma das possibilidades seria a implementação de projetos ligados a criptomoedas, outra das obsessões de Musk, na rede social.
Novata no Brasil, Zubale capta US$ 40 milhões
A startup mexicana Zubale – que opera no setor de delivery e iniciou operações no Brasil há duas semanas – anunciou ontem um aporte de US$ 40 milhões. Fundada em 2018, a empresa faz parceria com varejistas e ajuda essas companhias a terem um serviço de delivery similar ao de players como iFood e Rappi.
O software da Zubale se conecta a vários sistemas de gestão dos varejistas, incluindo gestão de pedidos, estoque e faturamento. Ao receber um pedido de delivery em seus canais, o varejista envia esse pedido à Zubale, cujos entregadores executam a ordem: pegam o produto na loja, embalam e entregam na casa do cliente. O foco da startup é conquistar principalmente redes de mercado de médio porte, que ainda não têm uma operação de delivery estruturada.
Um dos diferenciais da Zubale é um app que ajuda o entregador em todo o processo, tornando a entrega mais rápida. “Esse app mostra exatamente onde estão os produtos na loja, o que torna mais fácil para ele fazer o picking, acelerando muito a entrega”, diz ao Brazil Journal a americana Allison Campbell, cofundadora da Zubale.
No Brasil, a Zubale atualmente opera com três redes varejistas: uma no Rio, uma em Uberlândia e outra no Nordeste. Parte do valor do novo aporte vai para a expansão internacional da empresa, com foco no Brasil.
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Sinal amarelo
Em meio a um cenário macroeconômico incerto e possibilidade de diminuição de aportes, algumas startups brasileiras têm feito cortes de pessoal. Reportagem do Valor informa que, na esteira dos alertas emitidos por fundos como Softbank e Tiger, startups correm para cortar custos e ganhar tempo — pelo menos até o apetite por investimento de risco voltar aos patamares do ano passado.
A reportagem cita os casos de Quinto Andar, Facily, Loft, LivUp e Creditas, todas com medidas recentes de corte de pessoal. “Os unicórnios que captaram grandes cheques, com valuations questionáveis, sabem que a próxima captação não será tão fluída e fácil. As demissões são ajustes em preparação para 2023. Mas, por enquanto, ninguém está quebrando”, pondera ao valor Amure Pinho ex-presidente da Abstartups e fundador da Investidores.vc, plataforma que reúne investidores anjo.
Segundo a reportagem, o atual cenário traz certa preocupação e exige alguns ajustes, mas está longe de ser considerado grave. “Quem captou no fim do ano ainda deve ter de 12 a 18 meses de capital de giro, mas como não sabe quanto tempo essa fase dura, precisa reduzir o custo ao máximo para passar a onda”, diz ao Valor um experiente gestor.
A atual fase de ajustes não ocorre só no Brasil, observa a reportagem. Nos EUA, há uma ressaca do volume elevado de investimentos no Vale do Silício no ano passado. “É uma tendência que será sentida com mais força pelos pelos unicórnios”, avalia Pinho. “As startups em early stage não vão sofrer tanto quanto as concorrentes que captaram lá no alto.”
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