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Dilemas do CFO no M&A

CFO Luiz Aguiar comenta a experiência da Stefanini em mais de 20 aquisições no mercado internacional.

A Stefanini ostenta com orgulho a imagem de uma das mais globalizadas empresas brasileiras, numa estratégia obtida em grande medida pelo intenso processo de aquisições realizado pela companhia desde a sua fundação, em 1987. De lá para cá, foram de mais 20 negociações, que transformaram a Stefanini em uma gigante em tecnologia e serviços de TI.

“O CFO não pode mais resumir o seu papel ao controle dos processos. Ele precisa, ir a fundo do negócio, participar das soluções e entender a consistência estratégica a longo prazo no caso de um M&A”, resume o CFO da Stefanini, Luiz Aguiar. O executivo foi destaque na apresentação “O CFO nos processos de M&A” no CFO Week, realizado pelo Experience Club nos dias 17 e 18 de maio, no Sofitel Jequitimar Guarujá (SP).

Para quem está à frente das decisões financeiras de uma empresa com esse ritmo de fusões e aquisições, como Aguiar, entender o valor econômico estratégico em uma negociação desse gênero não é pequena.

Em 30 anos, o M&A foi um propulsor importante do crescimento da Stefanini. A companhia está presente hoje em mais de 30 países, com faturamento anual de R$ 2,6 bilhões. O Brasil continua respondendo por 50% do negócio, com participação de 21% dos Estados Unidos, 10% da América Latina e 29% divididos entre Europa e Ásia.

Uma das riquezas da experiência da Stefanini em M&A é a forma como os processos foram evoluindo naturalmente. “No início nós comprávamos 100% dos negócios, depois nos adaptamos para participações majoritárias agregando parceiros estratégicos e hoje, diante da nova realidade do mercado, entramos também em negócios como minoritários”, conta Aguiar.

Timing e equilíbrio

Em qualquer dos contextos, o executivo da Stefanini aponta que um grande desafio do CFO é equilibrar agilidade com eficiência, melhorando cada vez mais os processos sem perder o timing.

“Às vezes você precisa avaliar três negócios ao mesmo tempo, sem perder o foco, sob risco de deixar passar uma boa oportunidade”, destaca. [autor]Luiz Aguiar[/autor]

Dentro da Stefanini, os fatores-chave para um M&A passam pela capacidade de expansão do grupo no Brasil e no mercado global, o potencial de sinergia com toda a companhia e, claro, a oportunidade de fazer um bom negócio. Para isso, um critério importante é a leitura do Ebitda da empresa em due dilligence. “Se for muito alto, pode custar caro demais; se for muito barato, pode apresentar problemas de caixa lá na frente; então sempre miramos um Ebitda médio no qual podemos fazer uma boa negociação com visão de crescimento”, explica Aguiar.

Tudo isso, contudo, passa pelo critério mais crucial no cenário de competição atual da indústria da tecnologia: inovação. “Nós não podemos estar nunca satisfeitos com a situação atual, por melhor que ela pareça”.

Texto: Arnaldo Comin

Foto: Marcos Mesquita/Experience Club

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