“O paciente hoje é um esquartejado do ponto de vista de dados”. É assim que a diretora executiva do Grupo Bem de serviços de emergências médicas, Paula Campoy Freire define o ambiente de informação que envolve o mercado de saúde no Brasil. Qualquer usuário de recursos de saúde tem sua visão geral divindade entre o governo, no caso do SUS, no convênio médico, na farmácia e o laboratório de exames. Na prática, os custos sobem cada vez mais, sem que o cliente seja de fato melhor atendido.
O aumento da eficiência de negócios foi o tema da apresentação “As análises preditivas para a saúde”, feita pela executiva do grupo Bem durante o CFO Week, realizado nos dias 17 e 18 de maio pelo Experience Club no Sofitel Jequitimar Guarujá (SP).
Paula destaca que o mercado precisa de uma grande mudança de paradigma, visando adequar custos e serviços às necessidades reais do cliente. “Precisamos parar de tratar as pessoas do ponto de vista da doença, mas da saúde”, enfatiza a diretora do Bem, lembrando que o custo da doença é muito maior do que cuidar da qualidade de vida do paciente.
Com a pressão de custos em alta o ponto de partida do mercado de saúde sempre passa pela otimização de recursos, enquanto o foco deveria ser o cliente. “Nós não estamos pensando na transformação da experiência do usuário.
O rápido avanço da tecnologia, com equipamentos que mostram os indicadores vitais em tempo real – e que agora estão migrando para dispositivos minúsculos enxertados no corpo do paciente – as empresas de saúde têm uma oportunidade de mudar completamente o conceito de medicina preventiva, com alto poder de redução de custos, agregando mais valor ao serviço.
“Nós estamos trabalhando em várias frentes para usar a integração de dados e recursos de tecnologia para melhorar a experiência dos usuários e aumentar a nossa eficiência operacional”, diz Paula.
Texto: Arnaldo Comin
Foto: Marcos Mesquita/Experience Club
