A tendência dos fundos CVC promete marcar o ano de 2022. Nas últimas semanas comentamos por aqui sobre iniciativas de nomes como Eurofarma, Renner, Boticário, Multilaser, Arezzo e outros. Na última sexta-feira (1) foi a vez da Americanas anunciar seu fundo de investimento em startups, informa o Neofeed. A meta é investir em até 20 empresas até o final deste ano.
A Americanas não divulga o valor do fundo. Mas o objetivo é investir em startups em rodadas pré-seed, seed e até mesmo, em alguns casos, série A. A varejista deve buscar startups que tenham alguma conexão com a Americanas nas lojas físicas e no digital e em áreas como fintechs, advertising e logística.
Um dos objetivos é que as startups possam prestar serviços à Americanas, escalando seus negócios. “Em dois anos, queremos multiplicar por dez vezes o faturamento da startup”, diz ao Neofeed Alexandre Messina, responsável pelo fundo.
O avanço dos CVCs no Brasil está relacionado com a pandemia, que acelerou as iniciativas digitais das empresas. As corporações também veem os fundos como forma de aquisição de talentos, aproximando-se de empreendedores que estão inovando em seus mercados.
Musk e Twitter: tudo a ver
Melhor do que ser cliente VIP da balada é ser o dono. Talvez tenha sido esse o raciocínio de Elon Muskao se tornar o maior acionista individual do Twitter do dia para a noite. Em documentação publicada ontem, a empresa revela que Musk passou a deter 9,2% de todas as ações do Twitter, com valor total de US$ 2,9 bilhões. Para efeito de comparação, Jack Dorsey, cofundador e até pouco tempo CEO da empresa, tem 2,3%.
Com longo histórico de reclamações contra as políticas de moderação de conteúdo do Twitter, Musk publicou na semana passada uma enquete sobre o assunto. “Já que o Twitter é onde a troca de ideias ocorre, a falha em resguardar a liberdade de expressão prejudica a democracia. O que deve ser feito?”, dizia o post.
Nem o Twitter nem Musk falaram sobre a compra das ações e não se sabe se o dono da Tesla vai apenas manter as ações em seu patrimônio e lucrar com uma possível valorização ou se vai pressionar o conselho por mudanças nas empresa. Mas o mercado respondeu rapidamente ao “efeito Musk”. As ações do Twitter subiram impressionantes 29% no pregão de ontem.
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Trabalho híbrido veio para ficar… ou não
Assim como outras empresas do Vale do Silício, o Google começou a adotar o sistema híbrido de trabalho há algumas semanas. Mas esse modelo não deve durar muito na empresa, nem em outras grandes companhias, diz Laszlo Bock, que foi por dez anos VP global de RH do Google e é uma das vozes mais respeitadas da área.
Bock é favorável ao modelo híbrido, mas acredita que ele não vai durar para sempre. Para ele, a tendência de longo prazo é que o tradicional modelo de trabalho cinco dias por semana no escritório volte a ser a norma. “Os líderes têm tido muita dificuldade em gerenciar seus times remotamente”, diz Bock à FastCompany.
O consultor antecipa que aqueles que ficarem mais em casa poderão ser prejudicados na relação com os chefes, e por consequência receber menos aumentos ou promoções. À FastCompany, Bock repete uma frase que ele ouviu de um de seus clientes há alguns dias: “Vamos em algum momento levar todo mundo de volta para o escritório. Só não quero comprar essa briga agora”.
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