Gerando Falcões e Accenture Interactive põem a favela no metaverso
Usar a realidade alternativa para criar uma alternativa de realidade. “Precisamos ser a ONG mais inovadora do planeta nas soluções de combate à pobreza”. É desta forma que Edu Lyra, fundador e CEO da Gerando Falcões, um ecossistema de desenvolvimento social presente em 1,7 mil favelas no Brasil, acredita que será possível transformar a pobreza da favela em peça de museu antes de Elon Musk chegar a Marte com a sua Space-X. Mais um passo importante está sendo dado pela ONG rumo ao seu propósito com o Favela X: ela será a primeira a habitar o metaverso com o game Missão Favela X. Fruto de uma parceria com a Accenture Interactive, o projeto tem como objetivos educar as crianças e os jovens sobre os desafios fundamentais para a erradicação da pobreza (infraestrutura, saneamento básico, educação, cultura e tecnologia), conscientizar a geração futura e arrecadar fundos para acelerar a transformação das favelas. “O que queremos é que esses gamers, crianças e adolescentes, tenham uma nova percepção sobre as favelas. Queremos formar uma comunidade de jogadores que possa ser parte da nossa corrida social”, diz Edu. O lançamento oficial do game acontecerá no dia 5 de maio, na Favela dos Sonhos, em Ferraz de Vasconcelos, município na Grande São Paulo. O projeto foi realizado via Roblox, uma plataforma de jogos sociais no metaverso, e visa também atrair grandes marcas como parceiras. A ideia é que as empresas possam doar recursos por meio de um funding, mas que também participem ativamente do desenho e da construção de trilhas e iniciativas que gerem impacto social no metaverso.
Leonardo Framil, CEO da Accenture, que estará presente na ocasião de lançamento, acredita que a tecnologia e o uso de inteligência de dados são os fatores determinantes para atuar na erradicação de problemas sociais complexos. “Se não investirmos em alternativas e soluções que permitam endereçar a questão da pobreza com escala, vamos enxugar gelo”, diz.
A Gerando Falcões e a Accenture são parceiras há cinco anos. Outro projeto em que atuam em conjunto é o Favela 3D, de Digital, Digna e Desenvolvida, que pretende transformar as favelas em projetos urbanísticos modernos, sustentáveis e digitais. A primeira está sendo implementada em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, onde a favela Marte passará por diversas intervenções.
A ideia é construir trilhas para cada família, a partir de um diagnóstico de suas necessidades e potencialidades, que viabilize sua emancipação de forma que elas ganhem um nível de autonomia seguro e não corram o risco de voltar à situação de vulnerabilidade social. Já foram levantados R$ 58 milhões em investimentos. Uma parte deste valor (R$ 1 milhão) foi usado para o desenvolvimento de um app desenvolvido pela Accenture e Gerando Falcões.
Bicha da Justiça oferece assessoria jurídica para a comunidade LGBTQIA+
As empreendedoras Bruna Andrade, advogada, e Flávia Maria, administradora, são as cofundadoras da primeira startup do Brasil que representa a luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA +, por meio de um portal online, a Bicha da Justiça. A empresa, que foi lançada em 2018 e atua em todo o território brasileiro, tem uma equipe formada por advogados certificados em diversidade e especializados em atender as demandas da comunidade LGBTQIA +, de forma descomplicada e acessível.
A empresa foi reconhecida ainda no ano de sua criação como a melhor startup do Brasil pelo Startup Show e, em 2019, a Startup do Ano na premiação Poc Awards. Antes da Bicha da Justiça, as empreendedoras, que são casadas desde 2015, tiveram um outro negócio, o Meu Advogado Online, de proposta semelhante, mas com público mais abrangente. Justamente quando decidiram nichar a atuação é que a empresa ganhou reconhecimento e relevância no mercado. Além da assessoria jurídica, a startup oferece cursos sobre o tema diversidade para empresas e governos.
Conheça a Sororitê, rede de investidoras-anjo que aposta em startups femininas
Segundo levantamento da Anjos do Brasil, apenas 14% dos investidores-anjo, ou seja, de pessoas físicas que investem em startups em estágio inicial, são mulheres. Diante deste cenário, Flávia Mello, investidora que tem passagens por big techs como Uber e Facebook, e Erica Fridman, que é mentora de empreendedores na aceleradora global Founder Institute, criaram a Sororitê, uma rede de investidoras que pretende reunir e engajar mulheres dispostas a investir em startups em estágio inicial fundadas por outras mulheres. Também fazem parte da liderança da rede Mariana Figueira e Jaana Goeggel.
Em um ano, a empresa reuniu 60 mulheres que aportaram cerca de R$ 2,5 milhões em mais de 20 startups femininas, como a Feel, de saúde e bem-estar sexual feminino, a fintech HerMoney e a startup de live commerce Mimo. Os encontros ocorrem mensalmente de forma virtual e também tem como objetivo oferecer mentorias e possibilidades de captação de recursos para além da rede. A ideia é que no futuro a Sororitê conecte empreendedoras e investidoras dispostas a investirem em empresas que já não estão mais em seu estágio inicial.
Empresa de tecnologia em Berlim cede espaço para alunos refugiados da Ucrânia
Com a pandemia muitas empresas remodelaram seu esquema de trabalho e passaram a adotar modelos híbridos. O resultado imediato disso foram muitos escritórios subaproveitados. No caso da empresa de tecnologia Ecosia, sediada em Berlim, os espaços vazios foram transformados em salas de aulas provisórias para crianças refugiadas ucranianas. O escritório, que comporta até 90 funcionários, passou a receber cerca de 40 crianças entre 6 e 10 anos que frequentam aulas de ciências, ucraniano e alemão básico.
O material didático é fornecido online pelo governo ucraniano e as aulas contam com professores voluntários de lá e da Alemanha. O projeto foi batizado de Classroom for Ukraine (Sala de Aula para a Ucrânia) e faz parte de um esforço mais amplo chamado Alliance 4 Ukraine (Aliança para a Ucrânia). Além de puxar este movimento, a Ecosia decidiu investir € 20 milhões em energia renovável para ajudar a Ucrânia a se tornar menos dependente do petróleo russo.
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