“Nunca foi tão importante aprender”. Com esta afirmação, o PhD em Aprendizagem de Adultos Conrado Schlochauer e atualmente sócio da nōvi, uma consultoria de cultura de aprendizagem, abriu a sua fala no Fórum de Inovação e Alta Performance, que começou hoje, 24/11, e continua amanhã, 25/11, em modo digital (confira a programação minuto a minuto e inscreva-se agora).
O evento contou com os patrocinadores Master: Alelo, IBM, Softtek e Vivo Empresas.
Com o cenário da pandemia e a aceleração exponencial das tecnologias digitais, as organizações tiveram que repensar seus modelos de negócio e seus times. Segundo dados de uma pesquisa da Deloitte (Global Human Capital Trends 2021) 74% das empresas concordam que fazer o reskilling é fundamental, mas apenas 10% delas estão preparadas para endereçar o assunto.
Entre as maiores fontes de preocupação dos CEOS atualmente está em rever as habilidades que estão sendo desenvolvidas nos seus times porque disso pode depender o futuro do negócio e sua relevância no mercado. Por isso, o conceito de workplace learning vem à tona. Não é mais possível imaginar que as universidades corporativas ou o aprendizado top-down, dado pelos RHs, vão dar conta deste novo cenário. “A lógica de fazer um curso e achar que o milagre acontece e os resultados vêm, não faz sentido”, destaca Conrado.
Para ele, o workplace learning pressupõe o aprendizado ao longo do dia e ao largo da vida: ou seja, estamos falando aqui de outros dois conceitos: lifelong learning e lifewide learning. Isso quer dizer que o aprendizado se dá tanto em ambientes formais como informais. Mas, para que isso seja efetivamente implementado nas empresas, é preciso disponibilizar tempo e dinheiro. “ Workplace learning pressupõe que não precisamos parar de trabalhar para ir aprender. Além disso, é importante entender que o aprendizado não pode estar concentrado em high potentials e trainees, mas sim permear toda a organização”, afirma.
Neste processo, a liderança é fundamental. Algumas organizações já investem em profissionais que estão a frente de todo o processo de aprendizagem, os chamados Chief Learning Officer. “O papel do líder não é desenvolver pessoas, mas criar espaço para as pessoas se desenvolverem. Espaço é tempo, espaço é grana”, diz.
Para saber mais sobre o assunto, leia a matéria Lifewide Learning: oito insights para repensar a aprendizagem.
Texto: Luana Dalmolin
