O mundo produz hoje 2,5 terabytes de dados por dia. Além das informações presentes nos sistemas legados das empresas, há vídeos, imagens e textos circulando por e-mails, mensagens de whatsapp e até mesmo nas redes sociais de usuários que podem ajudar os CFOs a vislumbrar novos cenários e ajudar nas tomadas de decisões. Isso obriga o CFO a deixar de trabalhar apenas com dados estruturados, que se tem domínio, para dados não estruturados.
Mas como se faz isso? A resposta está na tecnologia. “E quem não se preparar vai ficar para trás”, alerta Serafim de Abreu, CFO da IBM durante apresentação no CFO Week, evento conduzido pelo Experience Club nos dias 17 e 18 de maio no Hotel Sofitel, no Guarujá (SP).
Mais do que cuidar dos números por trás do departamento financeiro, o CFO tem como missão ajudar o CEO, aproximar-se das áreas de negócios e também auxiliar a empresa a se preparar mais fortemente para enfrentar o aumento da concorrência. Um importante passo para chegar lá é saber usar os dados a seu favor.
O caminho para se chegar lá é partir para o uso de tecnologias emergentes, investir em educação do time e aproximar a equipe de finanças das de negócios.
Salto tecnológico
A tecnologia evoluiu muito nas últimas décadas. Nos anos 50 e 60, sabia-se que ao programar a máquina para executar uma tarefa A, ela responderia com B. “Com o advento da internet, a gente entrou na era dos sistemas cognitivos e de inteligência artificial, um algoritmo matemático que aprende e vai mudando os padrões com alta capacidade operacional”, explica Serafim.
O executivo explica que o mundo migrou da automação para a reinvenção digital, o que envolve mudança de padrões e de estratégia. Essa última, com foco na experiência. “Abrace a ruptura e governe um modelo de negócio e ecossistema único”, recomenda.
Com a ajuda de Big Data, Inteligência Artificial e Sistemas Cognitivos como Watson, que entende, raciocina, aprende e interage, o CFO passa a ter acesso a dados estratégicos extraídos de um universo composto por imagens, sons, linguagens, dentre outros dados.
Desta forma, Serafim lembra que foi dada a largada à era da parceria entre humanos e máquina. “Esses sistemas cognitivos trazem, no fim do dia, muitos insights, novas oportunidades e riscos mais visíveis.” Quem não se preparar, alerta mais uma vez, ficará para trás.
Texto: Françoise Terzian
Foto: Marcos Mesquita/Experience Club