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Vida dupla no trabalho remoto

Com a gradual volta ao escritório, um tema que vem à tona nas empresas é a divisão entre aqueles que querem voltar ao ambiente de trabalho e os ‘homers’, colaboradores que preferem o trabalho 100% remoto. Em um artigo para a FastCompany, o acadêmico e escritor James R. Bailey mostra os resultados de um estudo sobre as razões que levam alguns funcionários a optarem pelo trabalho completamente remoto. E a resposta é de certa forma surpreendente: eles arrumaram um segundo emprego. 

“O estudo vai contra um mito muito divulgado: de que trabalhadores remotos estão usando o tempo extra para cuidar de si mesmos. Eles não estão malhando ou plantando jardins. Estão trabalhando, muitas vezes em um segundo emprego full time”, diz o pesquisador.

Bailey fez um questionário com 1.022 pessoas que trabalham em tempo integral em ambiente corporativo e estão em home office desde 2020. 25% dos entrevistados declararam que passaram a ocupar pelo menos alguma parte de seu tempo com um segundo emprego, de forma flexível e até mesmo em período integral.

Bailey observa que ter mais de um emprego não é novidade. Mas nota que essa atividade é mais comum em pessoas de baixa renda e trabalhadores braçais, que realmente precisam de uma renda extra. Não é, porém, o caso dos entrevistados, todos com funções qualificadas e empregados em grandes companhias.

“Como isso é possível? Talvez pela falta de supervisão. É difícil gerenciar trabalhadores remotos, e mais difícil ainda liderá-los. A natureza do trabalho remoto permite um desempenho minimamente aceitável, com poucas formas de fiscalização”, diz o acadêmico. 

O pesquisador argumenta ainda que “o trabalho remoto facilita a entrada em um segundo emprego. Todas as dinâmicas informais do escritório – camaradagem, sociabilidade, troca de informações, amizades – foram substituídas por acordar mais tarde e trabalhar de pijama”.  

Bailey conclui o artigo com um alerta para gestores: “Aparentemente os dias de lealdade dos funcionários terminaram. Ela já vinha caindo há tempos e sempre foi um pouco ilusória. Liderar equipes remotas já é um trabalho enorme, e agora os líderes têm o novo desafio de manter as pessoas trabalhando apenas para eles”.


Seguros em alta

O mês de fevereiro mal começou e novas rodadas de investimento já estão surgindo. Ontem foi a vez da 180º Seguros anunciar uma rodada de US$ 31 milhões. O serviço oferecido pela startup permite que clientes corporativos incluam ofertas de seguros em seus produtos para o consumidor final.

Com pouco menos de um ano de vida, a 180º tem oito clientes, incluindo Loft, Caju, Buser e Zul Digital. Ao Startups.com.br, Mauro Levi, cofundador da 180º, afirma que mais oito clientes já estão com contrato assinado. 

Um dos diferenciais da startup é a criação de pacotes de seguro mais baratos e flexíveis. Dois exemplos disso são o seguro intermitente, com prazo de 1 hora, para quem para um carro na rua com a Zul+, e os serviços de assistência residencial por pontos, criado em conjunto com a Loft. 

De modo geral, o mercado de seguros no Brasil é considerado pequeno, levando em conta o potencial de público-alvo. No mercado de automóveis, a penetração é de 20%. No residencial, 11%. Uma das principais razões é que o custo é considerado alto em relação ao benefício.  

Assim como outras insurtechs, uma das apostas da 180º para seu crescimento é o movimento open insurance. De modo similar ao open banking, ele deve permitir a troca de informações entre empresas do setor e, pelo menos em tese, resultar em maior competição e melhores preços para o consumidor. O projeto é comandado pela Susep e os primeiros serviços devem começar a ser oferecidos no fim deste ano.


Sai Uber Eats, entra Cornershop

Com a saída do Uber Eats do mercado brasileiro, já definida para março, a Cornershop é a aposta do Uber para se manter vivo no mercado de entregas. 

De acordo com o Neofeed, o plano do Uber é ampliar o leque de serviços da Cornershop, atualmente focada em delivery de supermercados. Já no ano passado a empresa atraiu parceiros como Raia Drogasil, Telhanorte e Zelo e a ideia é reforçar este ano possivelmente com parcerias nas áreas de moda e artigos esportivos.

Com essa estratégia, o app pretende aumentar o engajamento dos consumidores para além das compras de supermercado. Esse tipo de compra tem um tíquete médio alto, mas a recorrência é, em geral, a cada duas semanas. O alvo, com novas categorias, é aumentar a frequência dos usuários.

“A Uber está tirando o pé de uma vertical dominada pelo iFood e na qual estava sangrando”, diz ao Neofeed Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). “E está apostando suas fichas na vertical de varejo, que é um jogo ainda aberto e não está perdido.”


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Curadoria e edição: André Cardozo

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