O número de startups chefiadas por mulheres vem aumentando nos últimos anos. Mas ainda há um longo caminho a percorrer. É o que aponta um recente estudo realizado pela consultoria Statista. Em todo o mundo, apenas 20% das startups têm mulheres entre seus fundadores, aponta a pesquisa. Em 2009, este número era de 10%.
O estudo, que ganha mais evidência neste Dia Internacional da Mulher, aponta algumas razões para essa participação ainda pequena. Uma delas está na dificuldade em obter investimento. Em parte, este problema se deve a episódios de assédio sofridos pelas fundadoras. Entre os cerca de mil fundadores que participaram do estudo, 40% das mulheres relataram algum tipo de assédio por parte de investidores, contra 12% dos homens.
A pesquisa da Statista mostra que, apesar dos avanços nos últimos anos, ainda há muito a fazer para que as mulheres tenham participação mais igualitária no universo do empreendedorismo não só no Brasil, mas globalmente.
Dasa aposta em healthtechs
Uma das gigantes do setor de saúde no Brasil, a Dasa anunciou na semana passada a criação de um hub de inovação. Com a iniciativa, a companhia passa a trabalhar na orientação, aceleração e relacionamento com healthtechs brasileiras. Segundo a Dasa, até quatro investimentos em startups poderão ser feitos até o fim deste ano por meio do hub.
Empreendedora do setor de tecnologia, Fabiana Salles foi escolhida para chefiar a iniciativa após vender sua própria startup, a Gesto, para a Dasa. “O foco inicial do projeto é ser uma ferramenta de apoio. Não é um fundo de investimento. Mas, se a gente identificar que falta capital para a empresa alavancar, vamos destinar um recurso”, diz Fabiana ao Estadão.
Segundo a diretora, um dos desafios no setor de saúde é fazer a ponte entre as várias startups da área. “O setor é extremamente fragmentado. Não é à toa que ainda não temos unicórnio nessa área. A ideia é fazer com que as healthtechs não precisem competir com outros setores para escalar e captar recursos”, aponta Fabiana.
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Next faz primeira aquisição
O Next, banco digital criado pelo Bradesco em 2017, anunciou ontem sua primeira aquisição. O banco comprou a startup Aarin, de meios de pagamento. O valor do negócio não foi divulgado. Com o acordo, o Next passa a ser a acionista majoritário da Aarin, que seguirá operando de forma independente.
Com o acordo, o Next espera reforçar seu marketplace nextShop, lançado no ano passado. A plataforma é considerada vital para atrair, reter e fazer com que os clientes usem com mais frequência o app do banco. Atualmente, o Next tem 10 milhões de contas ativas.
No cashback, por exemplo, a Aarin tem uma ferramenta que permite definir e gerenciar regras customizadas para cada parceiro e seus respectivos clientes. A startup tem ainda um conjunto de soluções financeiras baseadas em Pix, meio de pagamento que se popularizou rapidamente no País.
Além dessas ferramentas, as soluções da Aarin vão permitir que o Next comece a explorar as ofertas para empresas e MEIs. O banco está trabalhando para criar uma conta voltada especificamente a esse público.
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Curadoria e edição: André Cardozo
