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Quatro dicas para executivos em busca de voz e reputação nas redes sociais

Fabiana Bruno, fundadora e CEO da agência de marketing de influência por trás de nomes como Maya Gabeira, Karol Conká e Márcio Garcia, aponta o que fazer e o que não fazer ao se expor na internet  

As redes sociais se tornaram ao longo da última década um universo quase inescapável para quem quer construir reputação, moeda de valor crescente no mundo dos negócios. Hoje, mais da metade da população do mundo se comunica, de alguma forma, através delas. Quem sabe usá-las tende a ganhar voz e influência. Mas um deslize, na era do propósito e da cultura do cancelamento, também pode acabar quase instantaneamente com carreiras construídas a duras penas ao longo de anos. 

A capacidade de ganhar a confiança dos empregados, principalmente em momentos de crise, e de atrair e reter talentos é vista, cada vez mais, como fundamental para quem quer liderar no mundo corporativo. Em 2013, 32% dos CEOs das 500 maiores empresa da Fortune tinham presença em alguma rede social. No ano passado, já eram 68%, segundo levantamento da Influential Executive.  

Essa capacidade de reverberar exponencialmente, e ajudar a construir reputações, é o que têm levado número crescente de altos executivos a incluírem a presença na internet em suas estratégias de carreira também no Brasil. “De dois anos para cá, tenho sido muito procurada por executivos”, diz Fabiana Bruno, fundadora e CEO da Suba e uma das pioneiras do marketing de influência no Brasil. 

“No momento em que a gente começa a ter plataformas que exponenciam vozes, é preciso parar para pensar e planejar essa presença de forma mais estratégica”, afirma a empresária. “E isso não é só para quem é famoso. Mas para qualquer pessoa com presença digital, incluindo executivos”.  

No ramo desde 2012, Fabiana diz que o aumento da demanda em novos nichos de mercado, como o de executivos e de marcas interessadas em se tornarem publishers, foi o que levou a empresa a se associar recentemente à Musickeria e à influencer Manu Carvalho, na Lin.C., que vai desenvolver projetos de conteúdo para marcas, baseados em grandes eventos cobertos por influenciadores – agenciados ou não pela Suba, que tem nomes como Maya Gabeira, Karol Conká e Márcio Garcia. 

A EXP conversou com Fabiana para saber que recomendações válidas para celebridades podem ser úteis também a executivos que querem construir reputação e ganhar voz no mundo digital: 

  1. Autenticidade é fundamental. Principalmente em um momento em que o áudio e o vídeo ganham força nas redes sociais. Um dos primeiros passos para isso é mapear o que Fabiana chama de territórios de aderência, na vida pessoal e na profissional. Algumas pessoas têm mais clareza das áreas de conhecimento que podem explorar, outras têm menos. Mas todos tem um território central, core, e outros derivados e periféricos. Um executivo de finanças, por exemplo, na dimensão pessoal pode gostar de cinema, de livros, de viagem ou de esportes. E poderá explorar esses temas nas redes sociais. “O melhor dos mundos é que a pessoa seja sinônimo de categoria. Como ética empresarial, por exemplo”, diz Fabiana. 
  1. O objetivo final importa. A elaboração de uma estratégia de presença em redes sociais deve levar em conta o momento de vida e os objetivos pessoais e profissionais. É o que vai determinar, entre outras coisas, a plataformas que serão usadas e, no âmbito profissional, de que forma experiências pessoais, em territórios derivados ou periféricos, poderão ser exploradas. “Quando a gente alinha uma comunicação bem-feita do profissional, baseada em características pessoais, e a estratégia de comunicação corporativa, com os valores da empresa, os resultados são potencializados e muito positivos”, afirma a fundadora da Suba. 
  1. Comprometimento. A presença nas redes sociais para a construção de reputação exige o que Fabiana chama de os três Cs: coerência, consistência e cadência. Não adianta postar sobre Paulo Freire um dia e, no outro, sobre alguém que pensa o contrário, diz. Ou postar conteúdos incríveis só uma vez por mês. “É uma dinâmica contínua, que demanda inclusive um trabalho de SEO, porque a gente entende que os algoritmos das plataformas estão entregando o conteúdo para públicos cada vez mais restritos”, afirma. 
  1. Consciência da falta de controle. Hoje, tudo o que vai para a internet é documentado o tempo todo. Estar nas redes sociais e estar exposto a riscos. E isso também vale para altos executivos, que têm grandes chances de serem cobrados publicamente, em algum momento, por suas declarações e decisões. Ou por decisões das empresas em que trabalham. “O executivo tem que estar preparado para não controlar a repercussão de suas declarações. Porque a gente pensa que está no controle, mas não está. É preciso certa leveza, flexibilidade e o entendimento de que é uma conversa, não discurso de mão única”, diz. 

Foto: divulgação

Texto: Dubes Sônego

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