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Prazer, sou seu recrutador-robô

Entrevistas de emprego via Zoom explodiram durante a pandemia. Mas muitas empresas estão levando esse processo adiante. Em vez de recrutadores, os candidatos começam agora a ser ‘entrevistados’ por um sistema de Inteligência Artificial.

No processo, eles respondem a perguntas gravadas e o vídeo e o áudio são analisados por algoritmos. A IA analisa fatores como expressão facial, tom de voz, palavras usadas e gestos e pode fazer uma recomendação para os recrutadores sobre o candidato.

Para as empresas, vantagens teóricas deste sistema estão na escala e, em tese, na eliminação de vieses preconceituosos que poderiam prejudicar candidatos dependendo de raça, classe social e outros fatores. Para os candidatos, porém, ainda há uma série de problemas a serem superados.

Um estudo publicado na Harvard Business Review lista alguns dos atuais problemas deste tipo de entrevista. Os pesquisadores entrevistaram 20 jovens britânicos recém-formados, além de consultarem extensa literatura sobre o assunto.  A primeira conclusão é de que as atuais “entrevistas com robôs” são confusas para muitos candidatos.

Como consequência, muitos deles passam a agir de maneira pouco natural. “O padrão dos candidatos foi se comportar de uma forma rígida, fixando o olhar na câmera, diminuindo o próprio sotaque, falando de forma monocórdica, forçando sorrisos e movendo pouco as mãos. Eles sentiam que tinham que se comportar como robôs”, dizem os pesquisadores.

A segunda conclusão é que o processo tem um aspecto desumanizador e prejudicial para os entrevistados, do ponto de vista psicológico. “Quanto maior o papel da tecnologia no processo, maior a sensação do candidato de que suas qualidades humanas não importam”, diz o estudo.

“Há ainda o que chamamos de ‘glorificação da IA’. Muitos dos entrevistados acreditavam que a IA realmente é mais eficiente do que humanos para selecionar candidatos. Assim, viam como natural a mudança de comportamento, pois tinham que ‘agradar’ o sistema”, afirmam os pesquisadores.

Os autores do estudo afirmam ainda que a suposta eliminação de preconceito estrutural é algo bastante discutível, já que diversos estudos amplamente divulgados apontam para vieses preconceituosos em sistemas de reconhecimento facial.

Na conclusão, os pesquisadores afirmam que “os sistemas são mais projetados para atender os interesses dos clientes que pagam pelo serviço, ou seja, as empresas. Sugerimos que os desenvolvedores deixem claro para os entrevistados qual o papel da IA no processo, incluindo uma descrição mais honesta das limitações da tecnologia. Isso não pode ser feito apenas em letras finas”.

Frango, por favor

Impossible Foods e Beyond Meat são os primeiros nomes que vêm à mente quando falamos em carne bovina plant-based. Mas no caso do frango a concorrência, por enquanto, ainda é menor. É nisso que aposta a NextGen, startup com brasileiros entre seus fundadores baseada em Cingapura.

A empresa acaba de concluir uma rodada de investimento de US$ 100 milhões. A captação é a segunda da NextGen, que começou a operar há apenas um ano, usando a marca Tindle. Na primeira rodada, a startup levantou US$ 30 milhões.

“Algumas marcas plant-based lançaram nuggets, tenders e tirinhas de frango, mas ninguém fez um filé de frango plant-based que de fato simule o frango de verdade,” diz ao Brazil Journal André Menezes, cofundador da startup. Atualmente, a NextGen está em cerca de 200 pontos de venda em cinco países: Cingapura, Emirados Árabes, Holanda, China e Malásia.

A NextGen vai usar os recursos da rodada para criar um centro de pesquisa em Cingapura e preparar sua entrada nos EUA. Menezes acha que, já este ano, os EUA devem responder por cerca de 80% da receita. Os próximos mercados no radar da empresa são a Europa e o Brasil.

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A nova aposta da Serasa

A Serasa Experian acaba de realizar mais um investimento no mundo das startups. Desta vez o alvo é a fintech Payhop, que recebeu um cheque de R$ 11,5 milhões para expandir sua plataforma de concessão de crédito. O aporte contou também com as participações da Domo Invest e da Citrino Gestão.

Criada há dois anos, a Payhop viabiliza crédito para varejistas comprarem de seus fornecedores usando recebíveis do cartão de crédito como garantia. Assim, na ponta do varejo, a startup facilita o acesso ao crédito e reduz despesas com antecipações. Para a indústria, o sistema da Payhop permite vender mais com menor risco de crédito.

O investimento da Serasa vem junto com uma parceria com foco em facilitar o acesso ao crédito aos varejistas. “Identificamos na Payhop um importante fit estratégico. Um dos principais desafios ao crédito para varejistas é o de análise do risco de inadimplência. A solução oferecida pela Payhop em parceria com a Serasa Experian endereça este problema, permitindo ao fornecedor vender mais, com menor risco de crédito nas vendas a prazo”, diz Fabrini Fontes, diretor de investimentos da Serasa Experian.

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Curadoria e edição: André Cardozo

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