Nos últimos meses, as transações via NFT viraram moda e até mesmo grandes organizações – como a NBA, por exemplo – passaram a vender suas propriedades intelectuais de forma digital usando tokens. A bolha, porém, pode estar perto do fim, ou pelo menos ‘esvaziando’.
Segundo reportagem da Bloomberg, o preço médio de venda dos tokens caiu para menos de US$ 2 mil, contra US$ 6,9 mil no início do ano. As vendas totais diárias ficaram em US$ 26 milhões no dia 3 deste mês, contra US$ 160 milhões no dia 31 de janeiro.
Um dos fatores para a queda, aponta a reportagem, é a guerra na Ucrânia. O conflito aumentou as incertezas do cenário econômico e impactou negativamente não só os tokens, mas praticamente todas as criptomoedas atualmente no mercado.
Além disso, a possibilidade de que os EUA adotem uma regulamentação sobre NFTs pesa. A Bloomberg informa que agências do governo americano já estão de olho em criadores de NFTs para avaliar se as transações estão de acordo com as leis econômicas do país.
Apesar da queda em valores, o NFT continua a ganhar popularidade. “Os valores das transações estão em queda, mas o número de vendedores e compradores está aumentando”, diz à Bloomberg o analista de mercado Pedro Herrera, da consultoria DappRadar, especializada no mercado de NFTs.
Fevereiro bom para startups brasileiras
Apesar das tensões políticas e econômicas no Brasil, o mês de fevereiro foi bom para as startups nacionais. Elas levantaram volume de investimento 129% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Foram ao todo US$ 763 milhões, segundo levantamento mensal feito pela Distrito.
O estudo aponta que o mês passado teve 40 transações, um pouco abaixo dos 55 acordos fechados em fevereiro de 2021. O valor dos cheques, porém, compensou. E os destaques do mês foram Neon (US$ 300 milhões), Velvet (US$ 200 milhões) e Sólides (US$ 100 milhões).
O relatório aponta ainda que as fintechs seguem como o mercado mais aquecido: com US$ 886 milhões movimentados desde o início deste ano. Em 2º lugar estão as HRTechs, que já levantaram US$ 196,3 milhões em 2022. O volume já é maior do que a metade dos US$ 244,5 milhões movimentados pelo setor em todo o ano de 2021.
Para este mês, o mercado deve continuar monitorando os impactos da guerra na Ucrânia. O conflito aumentou a instabilidade do mercado financeiro e tem impacto negativo em aplicações de risco, como investimento em startups.
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Cayena levanta US$ 17 milhões
Marketplace que conecta bares, restaurantes, hoteis e padarias e outros serviços de alimentação a fornecedores, a Cayena anunciou ontem um aporte Série A de US$ 17,5 milhões, liderado Vine Ventures.
Os novos recursos chegam menos de seis meses após a última rodada da Cayena e têm destino certo: a expansão para outras regiões do país. A startup, que hoje atua em 50 cidades de São Paulo, também pretende aumentar o tamanho de sua equipe, dobrando o time atual de 60 colaboradores até o fim do ano.
Fundada em 2019, a Cayena é um marketplace B2B focado na indústria de reposição de alimentos. Por meio do site ou app, restaurantes podem repor estoques com dezenas de fornecedores pré-qualificados. Os produtos são entregues no dia seguinte e sem custo. A Cayena lucra com comissões nas vendas, pagas pelos fornecedores.
“Acreditamos que a deficiência do mercado de food service não está na falta de caminhões, galpões ou fornecedores, mas sim na falta de tecnologia. Por isso, deixamos nossos parceiros focarem no que fazem de melhor (operação de armazenagem e logística) enquanto nós focamos naquilo que a tecnologia faz de melhor: organizar dados e simplificar processos”, disse Pedro Carvalho, cofundador da Cayena, ao LABS.
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Curadoria e edição: André Cardozo
