Um novo relatório divulgado nesta semana confirmou o boom das startups da América Latina em 2021. Segundo dados da LAVCA (Associação para o Investimento em Capital Privado na América Latina), os investimentos em startups do continente atingiram o valor recorde de US$ 29,4 bilhões no ano passado. O relatório mostrou ainda que dezesseis startups ultrapassaram o valor de mercado de US$ 1 bilhão.
A América Latina também viu crescer o número de mega-rodadas de venture capital, acima de US$ 250 milhões: foram 12 no total (em 2020 foi apenas uma, a do Rappi, de US$ 300 milhões). Confira abaixo as mega-rodadas do ano passado.
- Nubank – US$ 750 milhões
- Kavak – US$ 700 milhões
- Rappi – US$ 500 milhões
- Nuvemshop – US$ 500 milhões
- Kavak – US$ 485 milhões
- Loft – US$ 425 milhões
- Nubank – US$ 400 milhões
- Ualá – 350 milhões
- QuintoAndar – 300 milhões
- Bitso – US$ 250 milhões
- Facily – US$ 250 milhões
- Clip – US$ 250 milhões
O relatório confirma que os setores de fintechs e e-commerce estão entre os mais atraentes. Dentro desses setores, a tendência para investimentos em 2022 é a de aportes em empresas que desenvolvam serviços especializados, como pagamentos, agregadores de marca e vitrines digitais para pequenas e médias empresas.
Big Mac pelo app
Empresa referência na área de branding, o McDonald´s também é muito lembrado quando o assunto é digitalização, e não por acaso. Reportagem da Exame mostra como o app da gigante do fast food passou a ser parte fundamental da estratégia de vendas.
O app foi o segundo mais baixado nas lojas virtuais o iOS e do Android em 2021, com mais de 33 milhões downloads. Além do alto número de downloads, o aplicativo vai bem na fidelização. “Metade das pessoas que abrem nosso aplicativo de delivery fazem uma compra”, diz à Exame Paulo Camargo, líder da companhia no Brasil. Para exemplificar, em dezembro do ano passado as vendas digitais do McDonald’s no Brasil foram quase quatro vezes maiores que no mesmo mês de 2020.
Para aumentar as vendas, a empresa investe cada vez mais em promoções pelo app. Atualmente, 25% das vendas neste canal envolvem algum tipo de voucher promocional, diz a rede.
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Google aperta o cerco contra o Facebook
Uma das razões para o recente colapso das ações da Meta (ex-Facebook) é a maior restrição para captura de dados pessoais implementada pela Apple no iPhone. Agora, para preocupação do Facebook, o Google avisou que seguirá pelo mesmo caminho.
Nos próximos meses, o sistema Android terá atualizações para restringir o chamado ‘advertising id’, mecanismo incluído em apps que ajuda na personalização de anúncios. É uma decisão que mexerá com todo o mercado de apps, mas principalmente com o Facebook. A empresa de Zuckerberg depende deste cruzamento de dados para ‘alimentar’ sua gigantesca plataforma de anúncios.
A única boa notícia para o Facebook é que, ao contrário da Apple, o Google vai implementar as novas restrições gradativamente ao longo de dois anos. Isso é o que deve dar tempo ao Facebook e a outras empresas de publicidade para se adaptarem à nova realidade.
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Curadoria e edição: André Cardozo
