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Gustavo Franco: “Banco do Brasil está pronto para ser privatizado”

Eleições 2018. Coordenador da campanha de João Amoedo, do Partido Novo, propõe agenda liberal profunda para reestruturar a economia brasileira

Presidente do Banco Central no auge do Plano Real (1994-95) e muito ligado aos economistas do espectro tucano, Gustavo Franco comprou a causa do Partido Novo e a bandeira do liberalismo clássico. É dele o papel de ordenar os planos do candidato João Amoêdo no campo da economia, trazendo propostas ousadas para um país de economia controlada pelo Estado como o Brasil.

“Ainda temos 150 estatais e algumas estão no ponto certo para ser privatizadas, como é o caso do Banco do Brasil, o que injetaria uma dose enorme de dinamismo e concorrência em nosso sistema financeiro”, declarou Franco. O assessor do Novo foi um dos convidados para o debate para as Eleições 2018 realizado nesta terça-feira, 07.08, durante a Confraria de Economia realizada pelo Experience Club em São Paulo, que contou com a presença dos chefes econômicos das campanhas de Geraldo Alckmin, Persio Arida; e Ciro Gomes, Mauro Benevides Fº. A abertura do evento contou com palestra do ex-ministro da Fazenda do Chile, Andrés Velasco.

Sem entrar em planos muito específicos, Franco contou sobre seu ingresso no Partido Novo e como a agremiação, que em pouco tempo agregou milhares de simpatizantes, já possuía um plano “orgânico” sobre o que fazer na economia. O que faltava era ordenar o pensamento interno da sigla. “Havia duas correntes fortes: uma mais preocupada com o custo do capital e outras com a produtividade”, disse o coordenador de campanha, lembrando que o custo envolve não só as altas taxas de juros, mas o peso da burocracia e a legislação trabalhista ultrapassada do país. “O Brasil parece anticapitalista em muitos aspectos”, afirmou.

Sobre a produtividade, Franco enfatizou o modelo das multinacionais, que respondem por 1/3 do PIB brasileiro, mas que emprega apenas 4% da força de trabalhos. “As multinacionais são 10 vezes mais produtivas que as nossas empresas. Precisamos trazer esse modelo para toda a economia”. Ciente de que a primeira campanha presidencial do Novo tem pouca força para ganhar as eleições, o assessor de Amoêdo destaca que o objetivo é deixar clara a mensagem do partido e fincar a bandeira do liberalismo em Brasília com eleição de uma boa bancada no Congresso.

Texto: Arnaldo Comin

Foto: Marcos Mesquita/Experience Club 

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