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Fintech transforma seu financeiro em tesouraria de banco

Boletos, TEDs, antecipação de recebíveis e folha salarial de funcionários. Isso sem contar todo tipo de impostos, taxas, tributos e pagamentos a fornecedores e concessionárias de serviços públicos.

A quantidade e complexidade de contas a pagar e receber são um ponto sensível no cotidiano de qualquer empresa. Com razão, pois impactam aquilo que, no fim do dia, garante (ou não) a perenidade do negócio – a saúde do caixa.

Para evitar que a administração do financeiro demande tempo e energia além do necessário e, no limite, tire o foco dos negócios, algumas fintechs têm criado soluções para explorar esse nicho.

O objetivo é automatizar o processo e garantir segurança e eficiência a atividades cotidianas, como é o caso das tarefas típicas de uma tesouraria.

Nesse sentido, o FitBank desenvolveu uma plataforma ambiciosa. Ela promete entregar a seus clientes uma espécie de “banco doméstico”. Tanto que um dos lemas da startup é “seja sua própria fintech”.

Trata-se de criar um ambiente em que, a partir de uma tesouraria online, torna-se possível realizar e monitorar todas as transações financeiras mencionadas.

“Somos uma empresa de gestão de meios de pagamento. Entregamos uma plataforma de cash management para um mercado carente desse tipo de alternativa. Com ela é possível pagar todos os tipos de conta à vista existentes no Brasil”. [autor]Otavio Farah, CEO e um dos fundadores do FitBank.[/autor]

Segundo o executivo, a plataforma foi criada tendo como um dos pilares a flexibilidade. Busca adequar-se às necessidades dos clientes. Dessa forma, já atende companhias de 17 setores distintos da economia. De empresas de cartão a condomínios, passando por consultórios médicos, transportadoras e postos de combustível.

Tão importante quanto realizar as operações financeiras é ter o pleno controle do fluxo de caixa, com entradas e saídas em tempo real.

“Um dos grandes problemas que há no mercado é essa conciliação. Ficar batendo e conferindo o que está na conta corrente e no seu sistema. Como a plataforma acompanha toda a transação, isso acontece de forma automática. Não é preciso ficar o tempo todo controlando o que está no banco”, exemplifica Rener Menezes, CTO e sócio-fundador da fintech.

Crescimento acelerado

Com um negócio que dobra de tamanho a cada trimestre, o FitBank está prestes a conseguir a autorização do Banco Central (BC) para operar no Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).

Para que isso aconteça, a principal exigência da autoridade monetária é que o participante tenha movimentado, no último ano, ao menos R$ 500 milhões.

“Já superamos isso de longe. Estamos na casa do R$ 1,6 bilhão”, observa Farah.

O sinal verde do BC será fundamental para que a fintech possa ganhar autonomia e passe a ofertar novos produtos e funcionalidades aos clientes. Hoje, ela ainda depende dos sistemas dos bancos com os quais opera.

Os bons resultados do FitBank despertaram também o interesse de investidores. No momento, a empresa finaliza sua primeira rodada de investimento institucional. O valor e os investidores ainda são mantidos em sigilo.

“O que fazemos é muito disruptivo. Por isso foi importante encontrar pessoas que entendem o que estamos fazendo. Esses caras compraram a ideia e o caminho que queremos trilhar”, destaca Farah.

Em 2016, um grupo de pessoas físicas já havia aportado recursos para acelerar a expansão do negócio. Na ocasião, um dos investidores foi Marcelo Maisonnave, fundador da XP Investimentos.

Texto: Luciano Feltrin

Imagens: Marcos Mesquita | Experience Club e Freepik

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