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É investir ou ficar pra trás. O que você prefere?

Ricardo Natale

Em minhas visitas a empresas e conversas com executivos tenho notado que, de uma forma geral, o mercado está com o freio de mão puxado neste primeiro semestre. Talvez com receio das decisões de política econômica, incertezas sobre o cenário internacional, tenho ouvido muito sobre cortes, adiamento de investimentos, orçamento base zero.

Ao mesmo tempo, também tenho ouvido que o segundo semestre vai ser maravilhoso. Com muitos investimentos, crescimento, ótimas oportunidades.

E aí eu te pergunto: a sua empresa vai investir? O seu segundo semestre será de investimento?

E já deixo a resposta: deveria ser.

O setor privado é o motor do crescimento da economia, é o que faz a roda girar. E, independentemente do governo da vez, sempre teremos incertezas sobre a política macroeconômica, tentativas de manobras fiscais, decisões populistas. Isso é inevitável. Essa é a lógica da política, e não apenas no Brasil. O que não podemos, como empresários, é ficar reféns desses movimentos. Temos que olhar para os negócios de forma mais objetiva, analisar o mercado, olhar as tendências e seguir em frente.

A pesquisa Agenda, da Deloitte, por exemplo, que ouviu mais de 500 empresas, mostra que sete em cada dez pretendem investir em expansão neste ano, seja no aumento da capacidade de produção, na formação das equipes ou em pesquisa e desenvolvimento. Entre os maiores desafios para este ano, 76% consideram que é aumentar a produtividade e a eficiência e, para 71%, melhorar as margens de resultados.

Apesar de todas as dificuldades que já conhecemos, as empresas ouvidas esperam um cenário positivo para 2023. 70% esperam aumento de vendas acima de 5% e 21% acreditam numa expansão superior a 20%.

Ou seja: o mercado deve crescer. A questão é quem vai se beneficiar desse crescimento e quem vai ficar pra trás, esperando “o cenário acalmar”.

Com a experiência de quem está no mercado há algumas décadas, realizando os principais eventos corporativos, posso dizer que já vi várias crises, vários momentos desafiadores. E a única saída é acelerar os negócios. Nenhuma empresa consegue crescer sem se movimentar.

Se nos anos 1980 o caminho para se tornar mais conhecido e vender seu peixe era um comercial na Globo, hoje o mercado ficou muito mais sofisticado – e mais pulverizado e difícil também. É preciso uma estratégia de guerrilha para se fazer notar e ampliar os negócios, porque quem fica parado está andando para trás. O mercado cresceu, mas a concorrência também é muito maior.

Por isso que eu digo: as empresas precisam investir para fazer a roda girar. Não tem outra opção.

E você, está investindo ou está esperando o seu concorrente ganhar espaço?

Carta do CEO

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